Nino Schurter e Filippo Colombo aproveitaram a primeira oportunidade que tiveram para tomar a camisa de líderes dos italianos Braidott e Avondetto, os confrontos entre esses grandes nomes do mountain bike cross country deverão se repetir ao longo dos próximos dias. N aprova feminina Annika Langvad e Sofia Gomez Villafane ampliam a vantagem e aumentam a margem de segurança para encarar as próximas etapas

Um ataque com a perfeição suíça garantiu a Nino Schurter e seu companheiro Filippo Colombo a vitória na primeira etapa da Cape Epic e a camisa amarela de líderes da Cape Epic, com um sobe e desce constante e 2.750 metros de ascensão.
Na prova feminina, valeu a lógica com a pentacampeã Annika Langvad e sua parceira Sofia Gomez Villafane assumindo o controle da prova na metade da etapa e colocando uma vantagem que superou os 5 minutos sobre Vera Looser e Alexis Skarda e assegurando a camisa laranja de líderes e uma margem de segurança para a próxima etapa de 7 minutos.
Além do percurso duro, todo serrilhado com muitas subidas e descidas, o vento foi mais um desafio a ser enfrentado pelos competidores no segundo dia de disputas da Cape Epic, isso levou o pelotão a rodar praticamente junto durante mais de 30 quilômetros no início da corrida.

Com cerca de 58 km percorridos na etapa de 96 km, nove equipes, incluindo os vencedores do Prólogo, a dupla da Willier-Vittoria Luca Braidot e Simone Avondetto, a Orbea Leatt Speed Company com Lukas Baum e Georg Egger e Scott-Sram MTB Racing rodavam juntos.
Entrando no terço final da corrida, com 70 km restavam na frente as duplas dos italianos, suíços e dos alemães. O sul-africano Beer e seu parceiro estadunidense Keegan Swenson não mais conseguiam acompanhar o ritmo e até o final da etapa perderiam mais algumas posições.
O alemão Georg Egger, da Speed Company, mostrava bom condicionamento, dando ritmo ao grupo nas subidas e colocando a ‘cara no vento’, mas quando faltavam 15 km para o final começaram as rusgas entre os italianos e os suíços.

Avondetto forçou o ritmo na última subida do dia colocando-se na frente do grupo, mas o esforço desgastou seu parceiro Braidot que não resistiu e nos quilômetros finais perdeu terreno, dando espaço para um contra-ataque dos suíços Schurter e Colombo tomassem a ponta e ainda abrissem uma vantagem de 31 segundos sobre os italianos com isso além de levarem a etapa tomaram a camisa amarela.
“Foi um dia difícil. Alguns trechos foram divertidos, mas foi uma corrida a toda velocidade. Foi difícil desde o começo e achei as seções planas bem difíceis. Eu realmente não gosto de coisas planas. Prefiro quando vamos para as montanhas!”, comentou Schurter.
O líder da dupla suíça acrescentou que, com alguns quilômetros para o fim, ele sentiu que Braidot estava lutando com o ritmo. “No começo, Luca e Simone atacaram forte e fomos pegos em terrenos acidentados onde não conseguimos responder. Eu me controlei um pouco e então no final percebi que Luca talvez tivesse exagerado um pouco, então poderíamos lutar de volta. Tenho muita sorte porque acho que em Filippo tenho o ciclista mais forte da competição”.
As duplas femininas seguiram um roteiro muito parecido ao dos homens, mantendo-se em um grupo unido no trecho inicial , mas as líderes Langvad e Villafane se distanciarem antes da áspera, rochosa e íngreme “Rhino Climb”. No topo da subida, elas mantinham uma vantagem de três minutos e meio sobre as desafiantes mais próximas, a Efficient Infiniti SCB SRAM.

Na ponta, a dupla Toyota | Specialized viu-se obrigada a parar para reparar pneus furados, porém com uma vantagem que superava os 3 minutos elas conseguiram parar, consertar os pneus e sem serem incomodadas por Looser e Skarda.
“Foi uma subida tão brutal. Esta corrida gosta de jogar tudo para cima de você durante a semana, mas pareceu que tudo aconteceu no mesmo dia hoje – Sofia sofreu um acidente feio a apenas 5 km, tivemos um pneu furado, houve a subida e o vento soprava sem parar”, destacou Langvad.
Apesar dos percalços, Langvad e Villafane conseguiram uma boa vantagem na etapa. . “Há muitos pontos positivos para tirar de hoje e estou muito feliz com nossa performance e muito orgulhosa da minha parceira pela forma como ela correu, porque não foi uma queda agradável – ela caiu com bastante força. Você tem que ser eficiente na Cape Epic e tem que aproveitar suas oportunidades porque você nunca sabe o que vai acontecer na semana. Acho que foi isso que Sofia e eu alcançamos hoje. Sinto que estou me preparando para entrar em forma e estou animado por estar aqui”, comentou a dinamarquesa.
Villafane estava igualmente animadoa após uma performance imponente na 1ª etapa. “AAbsa Cape Epic sempre gosta de nos testar na Etapa 1 e hoje não foi diferente. As subidas foram expostas aos elementos, eu tive um acidente, tudo pareceu acontecer ao mesmo tempo, mas ainda tivemos um bom dia e construímos uma boa liderança sobre a equipe que ficou em segundo lugar na classificação geral. Estamos em uma margem muito boa para a Etapa 2.”

A segunda etapa traz um diferencial – uma contrarrelógio ponto a ponto (em outras edições as CR saiam e chegavam no mesmo local), onde o trabalho de cada dupla, a resistência e a tática será posta à prova ao longo de 66 km – saindo de Meerendal Wine Estate para Fairview
CAPE EPIC 2025
Etapa 1 – Meerendal Wine Estate – Vinícola Meerendal > Meerendal Wine Estate – 92 km – 2.750m altimetria acumulada
Elite Masculina UCI
1- Scott-Sram MTB Racing – Nino Schurter e Filippo Colombo
– 3:51:03
2- Willier-Vittoria – Luca Braidot e Simone Avondetto
+ 31s
3- Orbea Leat Speed Company – Lukas Baum e Georg Egger
+2m04s
4- Klimatiza Orbea – Samuele Porro e Marc Stutzmann
– Klimatiza Orbea +2m40s
5- Torpado x Singer – Fabian Rabensteiner e Simon Stiebjahn
+2m50s
Elite Feminina UCI
1- Toyota/Specialized – Annika Langvad e Sofia Gomez
– 4:43:35
2- – Efficient Infiniti SCC Sram – Vera Looser e Alexis Skarda
+5m42s
3- Buff Megamo – Rosa Van Doorn e Janina Wüst
+8m02s
4- Cannondale ISB Sport – Monica Calderon e Tessa Kortekaas
+10m06s
5- Titan Racing SE Honeycomb – Bianca Haw e Haley Preen
+11m27s