O norueguês Alexander Kristoff, com muita autoridade conquista sua segunda vitória de etapa na 7ª edição do Tour de Omã. A classificação geral ficou com Vincenzo Nibali que assegurou a liderança da competição na 4ª etapa na subida à Montanha Verde e já movimenta o mercado para a temporada 2017
Alexander Kristoff pedala para a 5ª vitória da temporada 2016 – foto:© Muscat Minicipality/Paumer/Kåre Dehlie Thorstad
Debaixo do sol do meio dia o pelotão de 138 ciclistas saiu de The Wave Muscat para enfrentar 130,5 para chegar até as longas avendias com jeitão de oásis do antigo centro comercial e o porto de Matrah. A etapa teve um início bem rápido e com 18,5 km de prova se armou a fuga com Minard/Ag2RLaMondiale, Muhlberger/Bora Argon18, Meersman/EtixxQuickStep, Van Speybrouck/Topstport Vlaandere-Baloise, Eaton/UnitedHealthCare e Marycz/CCC Sprandi Polkowice; no km 26 Asselman/Roompot Oranje Peloton se juntou ao grupo com a vantagem aumentando à medida que avançavam, cehgqando ao máximo de 2m30 no km 40.
Mais uma etapa aonde os homens da Katusha escoltaram seu líder e procuraram encurtar a diferença da fuga. No primeiro premio de montanha, em Al Hamriyah, no km 78 a diferença para o pelotão havia caído para 1m48, com Van Speybrouck passando à frente de Minard e Marycz.
O pelotão entrando no circuito de Matrah Corniche – foto© Muscat Minicipality/Paumer/Kåre Dehlie Thorstad
O sprint intermediário disputado no km 92 ficou com para Speybrouck e a diferença ainda estava por cima de 1m30segundos. No segundo premio de montanha do dia, no km 95 em Al Jissah mais uma boa ação do belga. Os escapados conseguiram chegar ao circuito sobre o beiramar de Matrah, aonde seriam percorridas 3 voltas com uma vantagem de 52 segundos. A fuga ainda teve tempo de disputar o segundo sprint intermediário, e quem apareceu na frente, mais uma vez foi Van Speybrouck seguido por Meersman e Muhlberger, porém a ação da Katusha e da Wanty Group Gobert reduziram a vantagem para acasa dos 40 segundos. Antes de entregar-se ao pelotão, Meersman decidiu atacar sendo acompanhado por Minard, Muhlberger e Van Speyboruck, os últimos quatro sobreviventes da fuga do dia foram alcançados a 5 km da meta por um pelotão que vinha um tanto quebrado.
O pelotão pelas ruas de Muscat – foto © Muscat Minicipality/Paumer/Kåre Dehlie Thorstad
Mais uma vez a Katusha assumiu a ponta do pelotão, sendo seguida pelos homens da Giant-Alpecin e pela LottonNL-Jumbo. Mas não há o que fazer quanto se enfrenta um ciclista como Alexander Kristoff que arranca a mais de 200 metros da linha de chegada, e consegue manter a força do sprint para conquistar sua segunda vitória nesta edição, a sua quinta em Omã e a quinta vitória em 11 dias, levando-se em conta o Tour do Catar. Completaram o pódio do dia a dupla da Giant-Alpecin, Zico Waeytens e Soren Kragh Andersen.
O italiano Vincenzo Nibali ficou com a camisa vermelha de líder e conseguiu manter os 15 segundos de vantagem sobre Romain Bardet/Ag2rLaMondiale e 24s sobre seu companheiro de equipe Jakob Fuglsang. Com duas vitórias de etapa e o 6º lugar na classificação geral, o norueguês Edvald Boasson Hagen ficou com o primeiro lugar na classificação por pontos, enquanto Brendan Canty/Drapac termina como o melhor mais jovem ciclista e ainda com uma respeitável 7ª posição na classificação geral. A insistência nas fugas e nos ataques garantiu ao sul-africano Africano Jacques Janse Van Rensburg o prêmio de ciclista mais combativo, e a sua equipe a Dimension levou o prêmio como melhor equipe.
Pelotão compacto na subida a Al Jissah foto: © Muscat Minicipality/Paumer/Kåre Dehlie Thorstad
O resultado de Nibali em Omã sinaliza que o “Squalo” fez uma boa preparação durante o inverno europeu, mas muito mais do que isso, já começa a movimentar o mercado, seu contrato com a Astana acaba no final desta temporada e a movimentação nos bastidores é intensa. Muito tem se falado da Trek Segafredo, dirigida por Luca Guarcilena, mas também da Lampre-Merida de Beppe Saronni. Porém neste último domingo, a Gazzetta dello Sport, em matéria do jornalista Ciro Sconagmiglio sinalizou para um novo projeto que estaria sendo montado por Bjarne Riis, trata-se de um verdadeiro jogo de quebra-cabeça aonde é importante ir ligando os fatos. Segundo o jornal italiano, sabe-se que Nibali daria preferência a uma nova equipe, aonde ele pudesse colocar seus homens de confiança, e aí é aonde surge o primeiro sinal, já desde os tempos dos rumores da equipe do piloto de F1-Fernando Alonso, fala-se da entrada de capitais árabes em uma equipe de ciclismo. Talvez não tenha sido em vão que o Príncipe Nasser Bin Hamad Al Khalifa, membro da família real do Bahrein, presidente do comitê olímpico do seu país tenha anunciado, extra-oficialmente no Facebook e no Instragram e escrevendo em inglês um “coming soon” – em breve: “É real !!! Gostaria de anunciar oficialmente o nascimento da equipe de ciclismo do Bahrein.Nosso esforço principal é introduzir a modalidade do ciclismo, incentivar e apoiar os jovens atletas, para manter uma vida saudável. Levar a modalidade para a nossa região, e para competir com as melhores equipes do mundo”.
No instagram o Principe Nasse bin Hamad Al Khalifa, de 28 anos sinalizou o surgimento de uma nova equipe
Se somarmos ao fato de que muito tem se falado do retorno de um importante team manager europeu ao cenário do pelotão World Tour; talvez seja essa a composição que muita gente tem especulado. É questão de ver para crer. Depois do insucesso do projeto Alonso, é melhor ter prudência com novos projetos, mas é importante saber que ele é o responsável pela criação no ano passado da equipe de triathlon Bahrein Endurance 13, sob a direção do ex-campeão mundial de IronMan Chris McCormack e que tem em sua formação Caroline Steffen, Jan Frodeno e Ben Hoffman
Pódio final do 7º Tour de Omã – Vincenzo Nibali, camisa vermelha; Romain Bardet 2º ; Jakob Fuglsang 3º; Alexander Kristoff vencedor da etapa; Bredan Canty camisa branca; Jacques Janse Van Rensburg combatividade; Edvald Boasson Hagen camisa verde – foto- © Muscat Minicipality/Paumer/Kåre Dehlie Thorstad
Tour de Omã
6ª Etapa – The Wave>Matrah Corniche – 130,5 km
1- Alexander Kristoff / Katusha – Noruega – 3h01m18
2- Zico Waeytens/Team Giant-Alpecin-Bélgica – m.t.
3- Søren Kragh Andersen/Giant-Alpecin-Dinamarca – m.t.
4- Tom Van Asbroeck/LottoNl-Jumbo-Bélgica – m.t.
5- Sam Bennett/Bora-Argon 18 – Irlanda – m.t.
Classificação Geral – Final após 6 etapas
1- Vincenzo Nibali/Astana – Itália 22h25m25s
2- Romain Bardet/Ag2rLa Mondiale – França +15s
3- Jakob Fuglsang/Astana – Dinamarca +24s
4- Tom Dumoulin/Giant-Alpecin – Holanda +40s
5- Rui Costa/Lampre-Merida – Portugal +54s