O excelente desempenho do British Team nos Jogos Olímpicos do Rio2016 teve repercussão direta na comercialização de bicicletas tanto pela internet como em lojas físicas no Reino Unido. O comércio comemora as vitórias com aumento no faturamento, e deixa claro que quando o esporte tem planejamento este se torna uma ótima ferramenta de promoção e de negócios. Mais uma vez os britânicos dando lição
Bradley Wiggins comemora a sua 5ª medalha de ouro – foto: Tim de Waele
Como é bom um país ter seus ídolos nas pistas e na estrada e graças a eles poder alavancar seu mercado consumidor. A Grã Bretanha colhe os louros do bom desempenho nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro com suas 6 medalhas de ouro nas provas de pista e indiretamente quem também se beneficia é o comércio local. Só a centenária Ribble que também comercializa suas bicicletas pela internet teve um salto de 85% nas vendas de bicicletas esportivas; já as bicicletas de corrida tiveram um crescimento de 56%, as vendas gerais tiveram um incremento de 45%, e quando comparado ao movimento do mesmo período do ano anterior, o crescimento é da ordem de 61%.
A rede de magazines Halfords que tem parcerias para a comercialização de bicicletas com o nome do campeão Bradley Wiggins e de modelos femininos com a assinatura da campeã Laura Trottt teve um crescimento de 5% na venda de bicicletas e no total as vendas de material ligado a ciclismo subiram à casa de 12,5%.
Para a Halfords o movimento positivo também tem relação direta de um novo posicionamento comercial do grupo, com a recente aquisição da rede e dos sites de vendas diretas ao consumidor Tredz e Wheelies, lojas exclusivamente ligadas ao mercado da bicicleta e que se tornaram um investimento de longo prazo para a grande rede de magazines, que até pouco tempo dava sinais de queda no faturamento neste mercado específico.
Matthew Lawson , diretor de comércio digital da Ribble Cycles comemorou os resultados: “A Olimpíada é um momento muito emocionante para o esporte e nós não poderíamos estar mais orgulhoso com o efeito dos ciclistas do British Team. É incrível ver mais britânicos seguindo os seus passos e tomando o ciclismo como um potencial novo hobby”.
Laura Trott, a queridinha dos britânicos no Rio conquistou 2 medalhas de ouro Foto: Tim De Waele
Ainda sobre o momento, vivido pelo mercado o diretor da Ribble comentou: “Da bicicleta de estrada à bicicleta de pista, é ótimo ver a febre do ciclismo espalhada por todo o Reino Unido! Nós gostaríamos de ver a continuidade desta tendência para o uso da bicicleta e que ela se torne uma parte maior da vida cotidiana dos cidadãos da Grã-Bretanha”. A Ribble tem muito a comemorar, suas vendas tiveram um rápido crescimento, além disso recentemente ingressou no mercado australiano com sucesso, e já planeja para muito em breve uma movimentação em direção ao mercado alemão.
A grande maioria dos mercados, aonde os negócios do esporte estão muito desenvolvidos, ainda estão longe da realidade britânica quando o assunto é ciclismo, ali a modalidade é questão nacional, ciclismo de pista se transformou em uma paixão. Resultados esportivos impactando diretamente no faturamento são comuns em outros esportes de massa como o futebol, basquete ou rugby aonde o grande volume de vendas esta ligado à comercialização de camisas das equipes ou de um ídolo em particular. Para chegar a essa influência de mercado só a base de muitos títulos e de um forte envolvimento com os meios de comunicação, os britânicos mesmo fora das pistas dão um show e deixam suas lições até mesmo com um forte envolvimento dos ciclistas da seleção nacional exigindo das autoridades o lançamento de campanhas motivacionais para que os cidadãos tenham melhores condições para a prática do ciclismo e para o uso diário da bicicleta.