Mariana Pajón imbatível! A ‘Rainha do BMX’, aos 32 anos conquista sua terceira medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos com um domínio absoluto, vencendo todas as 6 baterias classificatórias e a final. No masculino dobradinha estadunidense com Larsen/Wood. Brasil tem desempenho inferior ao de Lima’2019
O BMX Racing está no programa dos Jogos Pan-americanos desde 2007 quando Rio de Janeiro sediou a competição, e desde então a única ciclista, tanto no feminino quanto no masculino, a conquistar três medalhas de ouro é a colombiana Mariana Pajón.
Não é por acaso que ela é também conhecida como ‘Rainha do BMX’ – em seu currículo na Elite são 6 mundiais, 3 Copas do Mundo, medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Tóquio’2020/1 e dois ouros (Londres’2012 / Rio’2016), no continente seu reinado é absoluto com 9 títulos e no último domingo se confirmou também como a maior medalhista da modalidade ao conquistar sua terceira medalha de ouro (Guadalajara’2011, Lima’2019 ‘ e Santiago’2023).
Pajón dominou a pista do Parque Peñalolén (um complexo onde também se encontra o velódromo e um bike park) desde o sábado (21/10) quando foi disputada a contrarrelógio que define a escolha da raia de largada nas quartas de final. A colombiana foi a mais rápida, fazendo toda a pista em 35s150.
Pajón venceu 7 baterias
No domingo, Mariana não deu chance às adversárias, em uma jornada extenuante – venceu as três baterias das quartas de final, as três da semifinal e dominou a final. Sete corridas dando o máximo em poucas horas. Após a vitória, ela comentou: “Os tempos de ontem (sábado) me motivaram, estava rápida. Isso me deu confiança para correr de forma inteligente na final, onde dei tudo o que tinha para vencer”.
“Queria vir para Santiago e me preparei para isso, embora a luta pela medalha não tenha sido fácil. Estou muito feliz. Isto é verdadeiramente incrível porque a tarefa foi realizada após um longo dia de competição. Para mim, estar novamente nos Jogos Pan-Americanos é algo muito importante”, destacou a experiente piloto colombiana de 32 anos.
A medalha de prata ficou com a jovem canadense de 20 anos Molly Simpson que já corre na elite e ocupa a 8ª posição no ranking da UCI. A medalha de bronze também foi para a Colômbia com a jovem promessa Gabriela Bolle e que atualmente ocupa a 12ª posição no ranking.
O Brasil entrou na disputa feminina com as mesmas competidoras de Lima’2019 – Paola Reis que havia conquistado a medalha de prata e tentava mais uma vez um lugar no pódio, e Priscilla Stevaux.
Brasileiras fora do pódio
Paola mais uma vez foi a mais consistente nas quartas de final fazendo três segundos, atrás apenas de Mariana Pajón. Priscilla se classificou com três quartos lugares, atrás da colombiana Gabriela Bolle, da canadense Molly Simpson e da equatoriana de 19 anos Domenica Mora.
Na semifinal, as brasileiras se encontraram no mesmo grupo, onde também estavam a estadunidense Payton Rydenour e a colombiana Gabriela Bolle. As brasileiras avançaram a final com Paola fazendo um segundo lugar e dois terceiros e Priscilla com um 3º, um 4º e um 5º lugar.
Na Final ,onde Pajón dominou, Paola Reis caiu e ficou fora da disputa e Priscilla ficou em 4º lugar, repetindo o resultado de Lima’2019.
DOBRADINHA ESTADUNIDENSE
Entre os homens Kamren Larsen e Cameron Wood garantiram o ouro e a prata para os Estados Unidos. A medalha de bronze ficou com o colombiano Carlos Ramirez.
Nas quartas de final os mais consistentes em suas baterias foram Cameron Wood, com 2 vitórias e um 5º lugar, na mesma série o brasileiro Pedro Vinicius Queiroz avançou com dois 2º e um 3º lugar; o colombiano Diego Arboleda vencedor das três baterias; o argentino Gonzalo Molina com duas vitórias e um quinto lugar na série onde o brasileiro Bruno Cogo foi 3º em duas baterias e venceu uma e o colombiano Carlos Ramirez com duas vitórias e um 2º lugar.
Na semifinal Cameron Wood, 16º no ranking da UCI, mostrou que era forte candidato ao pódio vencendo as três baterias, onde também avançaram para a final o argentino Emiliano de la Fuente, o colombiano Carlos Ramirez e o chileno Benjamin Vergara. Pedro Vinicius Queiroz que estava nesse grupo foi 7º nas três baterias e não conseguiu ir à final.
Na outra série semifinal, o colombiano Diego Arboleda, 3º do ranking da UCI se classificou em primeiro, vencendo duas baterias e com um 4º lugar, nesse grupo também passaram à decisão o estadunidense Kamren Larsen, o argentino Molina e o chileno Mauricio Molina. Bruno Cogo também não avançou para a final, ficando com a 7º posição na série após dois 7º e um 5º lugar.
Bruno e Pedro ficaram na semifinal
Sem passar à final e com Bruno em 13º e Pedro Vinicius em 14º o Brasil não conseguiu repetir o desempenho de Lima’2019, onde Anderson Ezequiel foi prata e Renato Rezende ficou com a 4ª posição.
XIX JOGOS PAN-AMERICANOS – Santiago’2023
BMX Racing – Parque Peñalolén
Final Feminina
1- Mariana Pajon – Colômbia – 34s400
2- Molly Simpson – Canadá +1s600
3- Gabriela Bolle – Colômbia + 2s100
4- Priscilla Stevaux – Brasil – +4s300
5- Payton Rydenour – Estados Unidos +5s400
6- Domenica Azuero – Equador +6s900
7- Daleny Vaughn – Estados Unidos +7s400
8- Paola Reis – +18.900
Final Masculina
1- Kamren Larsen – Estados Unidos – 31s810
2- – Cameron Wood – Estados Unidos +0s050
3- Carlos Ramírez – Colômbia +0s590
4- Diego Arboleda – Colômbia +0s990
5- Mauricio Molina – Chile +2s090
6- Emiliano de la Fuente – Argentina +2s390
7- Benjamín Vergara – Chile +38s190
8- Gonzalo Molina – Argentina +1m12s990
13- Bruno Cogo – Brasil – semifinal
14- Pedro Vinícius Queiroz – Brasil – semifinal