Durante quatro dias o velódromo Peñalolén foi o palco das disputas por medalhas do ciclismo dos Jogos Pan-Americanos de Santiago onde os colombianos ficaram com o primeiro lugar no quadro de medalhas da pista, com 4 ouros, seguidos por mexicanos e canadenses cada um com 3 ouros. Ídolos da velocidade Kevin Quintero, Martha Bayona e Paul Nicholas foram destaque. Na perseguição por equipes canadenses dominam no feminino e no masculino. Brasil chegou à disputa do bronze na Velocidade com Carolina Barbosa e João Vitor na Keirin, mas volta sem medalhas
O programa de pista dos Jogos Pan-americanos de Santiago 2023 começou na terça-feira (24/10) pela manhã com a fase classificatória da Perseguição por Equipes para mulheres, Velocidade por Equipes masculina e feminina e com os homens disputando a Onmium.
As mexicanas, vencedoras da Velocidade por Equipes em Lima’2019 entraram como favoritas, mesmo com a mudança na prova imposta pela em 2020 pela UCI e que não valeu para os Jogos Olímpicos de Tóquio – que ao invés de uma dupla de ciclistas e duas voltas (500m) passou a ser disputada em três voltas (750) e um trio de ciclistas. Assim, a dupla de ouro Jessica Salazar, Daniela Gaxiola ganhou a companhia de Yuli Verdugo e fez o melhor tempo classificatório com 47s960, à frente do trio dos Estados Unidos com quem disputaram o ouro; Canadá fez o 3º melhor tempo e as garotas da Colômbia fizeram o 4º tempo, disputando na final a medalha de bronze.
O Brasil entrou na disputa da velocidade por equipes com uma equipe formada por Ana Paula Polegatch, Wellyda dos Santos, Alice Tamyrys Leite, ciclistas de provas de meio fundo, correndo em uma prova totalmente fora das suas características, assim terminaram com o 7º e último tempo, perdendo para as chilenas, penúltimas colocadas por uma margem de 10s570 e para as mexicanas 13s610. Estranho que apesar de largar em busca de pontos para o ranking da UCI, poderiam ter formado uma equipe tendo como principais a velocista Carolina Barbosa e a sprinter Talita da Luz e escolher entre as opções a que estivesse em condições de integrar essa formação.
O trio mexicano formado por Jessica Salazar, Yuli Verdugo, Daniela Gaxiola volta a repetir o ouro conquistado na prova no antigo formato de duplas em 500m por Jessica e Daniela em Lima’2019, superando o trio estadunidense. A medalha de bronze ficou com as canadenses Emy Savard, Sarah Orban, Jacklyn que superaram o trio colombiano.
Na velocidade por equipes Masculina, além da ausência do Brasil que em Lima’2019 conquistou o bronze e depois e meses depois perdeu a medalha a causa do positivo de Kacio Freitas, a grande surpresa foi a não classificação para disputas de medalhas do trio de Trinidad e Tobago, ouro em Lima’2019 , campeões continentais em Lima 2022 e vice-campeões neste ano em San Juan ficaram com o sexto tempo a 1s058 dos canadenses, enquanto a diferença para colombianos, mexicanos e estadunidenses estava na casa dos décimos de segundo.
Na disputa pela medalha de ouro, o duelo entre canadenses e colombianos foi dos mais apertados. Tyler Rorke, Nicholas Wammes, James Hedgcock superaram os colombianos Echeverri, Ruben Murillo e Kevin Quintero por apenas 25 centésimos. Na disputa pelo terceiro lugar, mais uma disputa apertada com os mexicanos ficando com o bronze ao superarem o trio estadunidense por 155 décimos de segundo.
Peruano surpreende na Omnium
A prova de Omnium foi das mais emocionantes graças à alternância de líderes. No Scratch o brasileiro Armando Reis da Costa, o Piá foi ao ataque pouco depois da metade da prova, conseguiu se destacar, mas foi neutralizado, mas não desistiu e depois de rodar algumas voltas com o pelotão, mais um ataque, desta vez certeiro, pois conseguiu ir abrindo vantagem até alcançar pelas costas o grupo e garantir a vitória, deixando apenas a disputa do sprint para o grupo que lutava pelos pontos das demais posições.
Na Tempo Race foi a vez do estadunidense Anders Johnson e do mexicano Ricardo Peña que de comum acordo conseguiram se distanciar do grupo, colocar uma volta e rodar tranquilos para ficarem com a primeira e segunda posição.
Empurrado pela torcida local, Jacob Decar foi o mais forte na Eliminação, resistindo até o último sprint e com isso assumindo a liderança da classificação geral com 106 pontos, seguido pelo colombiano Juan Esteban Arango com 104 e pelo mexicano Ricardo Peña antes da disputa final, a prova por pontos.
Última corrida da Omnium, a Prova por Pontos teve uma reviravolta quando o peruano Hugo Ruiz partiu para o ataque e além de vencer dois sprints intermediários conseguiu dar uma volta sobre o grupo, com isso levou mais 20 pontos- entrou na prova na sexta colocação e terminou como vencedor, com 125 pontos, contra os 124 do mexicano Ricado Peña, a terceria posição ficou com o chileno Decar.
Armando Reis da Costa após um bom começo com a vitória no Scratch não conseguiu manter o mesmo desempenho, ficando em 9 na Tempo Race e em 10º na Eliminação, entrando na Prova por Pontos praticamente sem chance de pódio.
DIA 2 – QUARTETO CANADENSE COLECIONA MAIS UM OURO e BAYONA VENCE A KEIRIN
O segundo dia de competições teve a disputa da final da Perseguição por Equipes Feminina e da Keirin Feminina, além da fase classificatória e as quartas de final da Velocidade (200m) masculina.
O quarteto canadense com Devaney Collier, Fiona Majendie, Kiara Lylyk, Ruby West que se classificou com o melhor tempo, enfrentou as mexicanas Lizbeth Salazar, Maria Gaxiola, Victoria Velasco e Yareli Acevedo. A superioridade das canadenses ficou clara desde as voltas iniciais, sempre rodando à frente e terminando com uma vantagem de 7 segundos sobre as mexicanas e com isso conquistando o terceiro ouro (Guadalajara’2011/Toronto’2015/Santiago’2023) nessa prova que é disputada pelas mulheres desde os jogos de Guadalajara’2011.
Na disputa pela medalha de bronze, as colombianas superaram o quarteto estadunidense, que entrou com uma formação renovada com duas jovens ciclistas – Chloe Patrick de 18 anos e Olivia Cummins de 20 anos.
Na prova de Keirin, a colombiana Martha Bayona confirmou seu favoritismo vencendo a classificatória e impondo-se na final diante da mexicana Daniela Gaxiola para ganhar o ouro, o segundo em Jogos Pan-Americanos, repetindo o de Lima’2019, a mealha de bronze ficou com a jamaicana Dahlia Palmer. A brasileira Carolina Barbosa não conseguiu passar para a decisão de medalhas e terminou na 10º posição.
Na fase classificatória da Velocidade, o trinitário Nicholas Paul, recordista mundial dos 200m e medalha de prata no último mundial de Glasgow, não teve dificuldades para fazer o melhor tempo e superar seu próprio recorde dos Jogos Pan-americanos, estabelecido em Lima’2019, marcando 9.574, nesta fase o brasileiro João Vitor com o 10º melhor tempo (10s019) avançou para as oitavas de final.
Nas oitavas de final, João Vitor enfrentou ao forte ciclista de Suriname, Jair Tjon En Fa e perdeu, foi para a repescagem e também não conseguiu avançar para as quartas de final.
O nível elevadíssimo da competição teve uma semifinal entre Paul e o colombiano Kevin Quintero, medalha de prata em Lima’2019, onde pesou a maior especialização do ciclista da ilha caribenha que venceu os dois confrontos. Na outra semifinal, Jair Tjon En Fa superou o canadense de Nicholas Wammes, na melhor de três, após perder o primeiro confronto, o ciclista de suriname se impôs e venceu os outros dois confrontos, passando para a final.
DIA 3 – OMNIUM FEMININA E DECISÃO DA VELOCIDADE MASCULINA
No terceiro dia de competições – na quinta-feira (26/10) aconteceram as disputas por medalhas da Onmium Feminina com participação da brasileria Wellyda Rodrigues, a final da velocidade masculina além das tomadas de tempo da perseguição por equipes masculina e as fases classificatória, oitavas de final e quartas de final da velocidade feminina.
A ominum começou com a surpreendente vitória de Alexi Costa de Trinidad e Tobago, no Scrtach. Na Tempo Race, foi a vez da ciclista local Catalina Soto tomar o comando da prova ao colocar uma volta sobre o pelotão, vencendo 7 sprints intermediários, o que além da vitória asseguraram à chilena a liderança momentânea da competição, à frende da colombiana Lina Hernandez que foi segunda na Tempo.
A vitória da mexicana Yareli Acevedo na Eliminação embaralhou a disputa pois ao final do terceiro evento do programa da Omnium, a mexicana dividia a liderança com a chilena Catalina com 108 pontos, seguidas pela colombiana Lina com 106 e lançava luz sobre a intensidade que a decisiva prova por Pontos tomaria.
Apesar dos 22 anos Yareli tem boa experiência na pista com participações em etapas da Copa do Mundo, integra a equipe mexicana de perseguição e foi ao ataque buscando somar o maior número de pontos possíveis vencendo dois sprints intermediários e pontuando em outros três – somando 20 pontos e que lhe ao final garantiram a medalha de ouro com 128 pontos. A colombiana Lina venceu um sprint intermediário e pontou em outros 5, coletando 15 pontos e terminado com 121 pontos, na segunda posição.
Motivada pelo apoio da torcida, a chilena Catalina Soto, de apenas 22 anos mostrou ser ela um dos legados da construção do velódromo para os Jogos Sul-americanos de 2014 e lutou em busca do pódio, venceu um sprint intermediário e pontuou em outros quatro somando 12 pontos e terminando com 120 pontos e assegurando a medalha de bronze.
Mas a disputa não se limitou às três, a trinitina Alexi Costa e a canadense Devaney Collier tentaram chegar ao pódio, ao colocarem uma volta no pelotão, somando cada uma 20 pontos, mas faltou coletar pontos nos sprint intermediários, terminando na 4ºe 5ª posições.
Wellyda Rodrigues, repetiu o 10º lugar dos Jogos de Lima’2019 – com um desempenho em cada prova muito parecido foi 7ª no Scratch, 12ª na Tempo; 6ª na Eliminação e somou 3 pontos na Prova por Pontos – fechando o programa com 79 pontos.
Dominando as provas de velocidade desde a classificatória, Nicholas Paul de Trinidad e Tobago, deu à ilha do Caribe sua primeira medalha de ouro nesta edição dos Jogos Pan-americanos de Santiago’2023 ao superar os dois confrontos o velocista do Suriname Jair Tjon En Fa. Paul repete o desempenho da edição anterior dos Jogos, conquistando o ouro pela segunda vez consecutiva.
Na disputa pela medalha de bronze, o canadense Nicholas Wammes que vinha de conquistar o ouro na velocidade por equipes e de ter feito o segundo melhor tempo na classificatória, na semifinal não conseguiu superar ao surinamês Tjon En Fa, e teve de se contentar com tentar com a disputa pelo terceiro lugar, porém se encontrou com o colombiano Kevin Quintero que buscava repetir o pódio de Lima’2019. Não deu para o canadense, muito mais experiente e premiado, o colombiano dominou os dos confrontos e assegurou seu lugar no pódio.
As mulheres também iniciaram o programa da Velocidade (200m) e a colombiana Martha Bayona, uma das mais experientes no grupo e entrando com a confiança de no dia anterior ter conquistado o ouro no Keirin confirmou o bom momento fazendo o melhor tempo na classificatória (10s699 ), o segundo melhor tempo ficou com a canadense Sarah Orban (10s790). Carolina Barbosa se classificou para as oitavas de final com o 9º tempo (11s272) em uma fase onde apenas as 12 melhores ia para as oitavas; a outra brasileira na prova, Talita da Luz não avançou na competição, ficando com o 19º tempo (12s956).
Nas oitavas de final a primeira surpresa, a canadense Orban, que havia feito o segundo melhor tempo, foi superada pela chilena Daniela Colilef, sendo o obrigada a ir para a repescagem, onde venceu sua bateria e avançou para as quartas de final.
A brasileira Carolina Barbosa, também foi obrigada a ir para a repescagem após perder a disputa contra a estadunidense Kayla Hankins. Na respescagem, disputada por três ciclistas, Carolina se impôs diante da colombiana Valeria Cardozo e da chilena Paula Molina, avançando para as quartas de final.
Nas quartas de final, a colombiana Martha Bayonna superou a canadense Orban que vinha da repescagem, e a brasileira Carolina Barbosa não deu chance à chilena Daniela Colilef vencendo os confrontos com 11s656 e 11s650. As outras vagas para a semifinal ficaram com a mexicana Yuli Verdugo que venceu sua compatriota Jessica Salazar e com a estadunidense Mandy Marquardt que venceu sua conterrânea Kayla Hankins.
Na Perseguição Por Equipes Masculina os canadenses entraram arrasando fazendo o melhor tempo classificatório 3m55s981, estabelecendo o novo recorde dos Jogos Pan-Americanos em vigor desde Guadalajara’2011, na segunda fase os argentinos não foram páreo para os canadenses. A segunda vaga para a disputa do ouro, ficou com o quarteto colombiano que superou os estadunidenses por apenas +0s596 décimos. A definição do bronze será um duelo de norte-americanos entre mexicanos e estadunidenses.
DIA 4 COLÔMBIA DOMINA A KEIRIN DESDE RIO’2007 E MEXICANOS ARRASAM NA MADISON
Último dia das provas de ciclismo de pista dos Jogos Pan Americanos começou com o bom desempenho brasileiro com João Vitor vencendo de forma determinante a bateria classificatória da Keirin, ao surpreender os adversários como o surinamês Jair Tjon En Fa e ao trinitário Paul Nicholas antecipando um ataque pela parte superior da pista e arrancando para cruzar com folga na primeira posição e garantindo posição na final.
Na outra bateria classificatória da Keirin, o medalha de ouro em Lima’2019, Kevin Quintero foi o vencedor, avançando junto para a final com o canadense James Edgcock e o mexicano Juan Ruiz.
Na semifinal da velocidade, pela manhã, a campeã brasileira Carolina Barbosa não teve condições de levar o Brasil à disputa do ouro ao enfrentar Yuli Verdugo, mexicana com maior experiência em provas internacionais. Na outra chave, a colombiana Martha Bayona confirmou o favoritismo e venceu os dois confrontos contra a estadunidense Mandy Marquardt
Á tarde na disputa pelo terceiro lugar, a brasileira Carolina enfrentou a Mandy Marquardt, mas estava clara a diferença de potência entre as duas com a estadunidense vencendo os dois confrontos, conquistando a medalha de bronze.
Na decisão pela medalha de ouro, o duelo entre Martha Bayona e Yuli Verdugo começou com a mexicana forçando uma disputa quase de corpo a corpo, vencendo ao se impor à frente da colombiana que foi obrigada a ir para o tudo ou nada no segundo confronto. Bayona precisou de muita força correndo pela parte superior da pista para ultrapassar a mexicana e levar a prova para melhor de três. Porém os comissários avaliaram a primeira disputa e puniram a mexicana por ter feito um movimento fora das regras no primeiro confronto e acabou sendo relegada à segunda posição, com isso perdeu a disputa, tendo que se contentar com a medalha de prata, e para Bayona mais um ouro em Santiago’2023 que se soma ao conquistado na Keirin.
A perseguição por equipes não teve surpresas; os canadenses não deram margem ao quarteto colombiano, assumindo o comando desde as voltas iniciais e mantendo um ritmo constante até o final da prova. Por outro lado, o confronto pela medalha de bronze entre mexicanos e estadunidenses foi dos mais emocionantes com trocas constantes trocas de comando, diferenças apertadas até o último quilômetro quando o quarteto dos Estados Unidos aumentou o ritmo para garantir a medalha de bronze com uma vantagem de 0s461 décimos de segundo.
A final da Keirin foi uma verdadeira aula de Kevin Quintero que correu a prova usando a camisa arco-íris de campeão mundial da especialidade. O colombiano deixou que a prova tomasse ritmo, que os ciclistas que vinham de trás como o brasileiro João Vitor e Jair Tjon En Fa forçassem o ritmo para tentar chegar nos ponteiros, o canadense Hedgcock e o mexicano Juan Carlos Ruiz, faltando duas voltas atacou pelo lado de cima da pista, levantou-se do selim e arrancou para um longo sprint para levar o ouro, deixando a prata para Nicholas que acompanhou a ação do colombiano e o bronze para o mexicano Juan Carlos Ruiz.
A vitória de Quintero confirmou a supremacia colombiana no Keirin, tendo conquistado o ouro nas últimas cinco edições dos Jogos, anteriormente com Leonardo Narváez- Rio’2007, Fabián Puerta Guadalajara’2011 e Toronto’2015 e com Quintero em Lima’2019 e agora em Santiago’2023.
Como é tradição nos programas de pista, o encerramento se dá com a disputa da Madison considerada por muitos a prova rainha do velódromo e em Santiago desde a sua largada para 200 voltas ela foi marcada por muita tensão o que provocou várias quedas.
Logo no início uma manobra errada entre um mexicano e um canadense terminou em queda e ainda envolvendo um ciclista dos Estados Unidos que atropelou o canadense, apesar do impacto e da necessidade da neutralização da prova, todos os envolvidos voltaram à competição.
A dupla mexicana se recuperou do susto da queda e com pouco mais de 20 minutos de prova passou ao ataque na tentativa de colocar uma volta sobre o pelotão e ganhar 20 pontos – o que os colocaria em uma boa vantagem. De tanto insistir, os mexicanos atingiram seu objetivo e passaram a comandar a prova.
A dupla brasileira formada por Armando Reis da Costa e Kacio Freitas chegou a fazer um bom começo de prova, pontuando, mas quando os mexicanos incendiaram a prova provocando colombianos, estadunidenses e canadenses e o ritmo aumentou, os dois perderam o ritmo, tomaram volta e foram eliminados.
Pouco antes da saída dos brasileiros, foram os argentinos a sair da competição, estes por terem provocado uma queda e após a manobra ser analisada pelos comissários, foram excluídos.
Os mexicanos corriam com folga mas nunca deixaram de ser combativos, Fernando Nava e Ricardo Peña sempre estiveram buscando pontos, enquanto os colombianos tentavam se firmar na segunda posição, ao mesmo tempo que precisavam se defender da dupla do Chile e dos Estados Unidos – essas três seleções trocaram algumas vezes de posição na classificação, e os sprints intermediários finais ganharam muita dramaticidade.
Os chilenos empurrados pela torcida alimentavam a esperança de pódio, os estadunidenses perdiam rendimento, mas se mantinham na luta e os colombianos tentavam se descolar para se firmar na segunda posição.
A definição da prata e do bronze ficou para a última volta. Os colombianos aceleraram e foram para sprint e somaram 10 pontos, totalizando 46 e garantindo o segundo lugar. Enquanto os mexicanos ficaram com o ouro somando 90 pontos, com um desempenho extraordinário pontuando em 17 dos 20 sprints, fazendo a pontuação máxima (5 pontos) em 10 sprints e ainda colocando uma volta sobre os adversários.
Chilenos e estadunidenses terminaram empatados com 43 pontos cada, porém como a dupla Colby Lange e Grant Koontz cruzou na úlitma volta à frente dos locais Cristian Arriagada e Jacob Decar ficou com a medalha de bronze, jogando um balde de água fria na torcida.
No quadro de medalhas – para as provas de ciclismo de pista – o primeiro lugar ficou com os colombianos, com 4 medalhas de ouro, seguidos por mexicanos com 3 de ouro. O Brasil deixa Santiago sem subir ao pódio e distante do resultado de Toronto quando conquistou 2 medalhas de bronze uma com a Velocidade por Equipes (Flavio Cipriano, Kacio Freitas e Hugo Osteti) e 1 com Gideoni Monteiro na Omnium, até hoje o melhor desempenho.
XIX JOGOS PAN-AMERICANOS – Santiago’2023
Ciclismo de pista – Velódromo Peñalolén – 24 a 27 de outubro
Velocidade por Equipes – 3 voltas – 750m Homens
1- Canadá – Tyler Rorke, Nicholas Wammes, James Hedgcock – 43s396
2- Colômbia – Carlos Echeverri, Ruben Murillo, Kevin Quintero +0s025
3- México – Jafet Lopez, Juan Carlos Terán, Edgard Verdugo – 44s037
4- Estados Unidos – Joshua Hartman, Dalton Walters, Evan Boone +0s192
Velocidade por Equipes – 3 voltas – 750m Mulheres
1- México – Jessica Salazar, Yuli Verdugo, Daniela Gaxiola – 47s134
2- Estados Unidos – Keely Ainslie, Kayla Hankins, Mandy Marquardt – 48s001
3- Canadá – Emy Savard, Sarah Orban, Jacklyn Boyle – 48s498
4- Colômbia – Yarli Mosquera, Valeria Cardozo, Martha Bayona +0s338
7- Brasil – Ana Paula Polegatch, Wellyda dos Santos, Alice Tamyrys Leite – 1m01s570
Omnium (Scratch/Tempo Race/Eliminação/Prova por Pontos) Masculina
1- Hugo Ruiz – Peru – 125 pontos
2- Ricardo Peña – México – 124
3- Jacob Decar – Chile – 121
7- Armando Reis da Costa – Brasil – 98
DIA 2 – 25/10
Perseguição por Equipes Feminina – 4x4000m
1- Canadá – Devaney Collier, Fiona Majendie, Kiara Lylyk, Ruby West – 4m23s000
2- México – Lizbeth Salazar, Maria Gaxiola, Victoria Velasco, Yareli Acevedo – 4m30s000
3- Colômbia – Andrea Alzate, Juliana Londoño, Lina Rojas, Lina Hernández – 4m24s964
4- Estados Unidos – Chloe Patrick, Colleen Gullick, Olivia Cummins, Shayna Powless – 4m27s139
Keirin Feminina – 6 voltas – cronometrados apenas os últimos 200 metros
1- Martha Bayona – Colômbia – 10s498– vel. média: 65.765km/h
2- Daniela Gaxiola – México +0s273
3- Dahlia Palmer – Jamaica +0s286
4- Daniela Colilef – Chile +0s464
5- Mandy Marquardt – Estados Unidos +0s522
6- Natalia Vera – Argentina +0s72
Final B – 7 a 12
7- Marianis Salazar – Colômbia – 11s924 – vel. média: 60.382km/h
8- Abigail Recio – Costa Rica +0s105
9- Tachana Dalger – Suriname +0s205
10- Carolina Barbosa – Brasil +0s339
DIA 3 – 26/10
Velocidade 200m Homens
1- Paul Nicholas – Trinidad e Tobago – 9.s978 – vel. média: 72.158km/h | 10s205 – vel. média: 70.553km/h
2- Jair Tjon En Fa – Suriname
3- Kevin Quintero – Colômbia – 10s161 – vel. média: 70.859km/h | 10s109 – vel. média: 71.223km/h
4- Nicholas Wammes – Canadá
Omnium (Scratch/Tempo Race/Eliminação/Prova por Pontos) Feminina
1- Yareli Acevedo – Mexico – 128 pontos
2- Lina Hernandez – Colômbia – 121
3- Catalina Soto – Chile – 120
10- Wellyda Rodrigues – Brasil – 79
DIA 4 – 27/10
Madison Feminina – 120 voltas – 30 km com 12 sprints
1- Colômbia – Lina Rojas e Lina Hernandez – 46 pontos
2- México – Yarely Salazar e Daniela Gaxiola – 42
3- Estados Unidos – Chloe Patrick e Colleen Gullick – 30
4- Brasil – Alice Leite e Wellyda Rodrigues – 13
Velocidade Feminina – 200m
1- Martha Bayona – Colômbia
2- Yuli Verdugo – México – Relegada
3- Mandy Marquardt – Estados Unidos
4- Carolina Barbosa – Brasil
Perseguição por Equipes Masculina – 4x4000m
1- Canadá – Carson Mattern, Christopher Ernst, Michael Foley, Sean Richardson – 3m53s593 – vel. média: 61.645 km/h
2- Colômbia – Brayan Sanchez, Jordan Parra, Juan Esteban Arango, Nelson Soto – 4m02s310
3- Estados Unidos – Brendan Rhim, Colby Lange, David Domonoske, Grant Koontz 3m59s993
4- México – Edibaldo Maldonado, Sebastian Ruiz, Tomas Aguirre, Ulises Castillo – 4m00s454
Keirin Masculina – 6 voltas – cronometrados apenas os últimos 200 metros
1- Kevin Quintero – Colômbia – 9s730 vel. média:73.997 km/h
2- Nicholas Paul – Trinidad e Tobado
3- Juan Carlos Ruiz Teran – México
4- James Hedgcock – Canadá
5- Jair Tjon En Fa – Suriname
6- João Vitor da Silva – Brasil
Madison Masculina – 200 voltas – 50 km com 20 sprints
1- México – Fernando Nava e Ricardo Peña – 90 pontos
2- Colômbia – Jordan Parra e Juan Esteban Arango – 46
3- Estados Unidos – Colby Lange e Grant Koonz – 43
QUADRO DE MEDALHAS
🇨🇴 -🥇4🥈4🥉2 – 10
🇲🇽 -🥇3🥈5🥉2 – 10
🇨🇦 – 🥇3 🥉1 – 4
🇹🇹 – 🥇1🥈1 – 2
🇵🇪 – 🥇1 – 1
🇺🇸 – 🥈1🥉4 – 5
🇸🇷 – 🥈1 -1
🇨🇱 – 🥉2 – 2
🇯🇲 – 🥉1 – 1