Muitas cidades por todo o Brasil estão despertando sua vocação para o cicloturismo. Na região Central e Centro-Serra do Rio Grande do Sul, quinze municípios que formam a União dos Municípios do Circuito Paleontológico criaram a Rota dos Dinossauros. Um percurso autoguiado de 327 quilômetros para ser percorrido em bicicleta em uma semana, passando por estradinhas de terra, áreas rurais, cachoeiras e o destaque para os sítios paleontológicos e museus
A cidade de Candelária, reconhecida pela comunidade científica da Paleontologia como território de passagem e vivência dos dinossauros, na Região Central do Rio Grande do Sul, é o ponto de partida para mais uma nova , e interessante, rota de cicloturismo.
A Rota dos Dinossauros foi oficializada na primeira semana de novembro, depois que um grupo de apaixonados pelo turismo em bicicleta percebeu o potencial, até então não explorado, que há na região para atrair mais ciclistas.
Segundo a coordenadora do Grupo Rota dos Dinossauros, Caren Menezes, de 39 anos, o objetivo principal é desenvolver o turismo rural, ajudando na identificação dos empreendimentos com vocação para isso.
A Rota dos Dinossauros passará por museus paleontológicos e locais com réplicas dos animais e onde foram encontrados fósseis. Mas a região também guarda outros pontos turísticos como sítios, cascatas e grutas.
“É uma rota autoguiada permanente, que fica aberta o ano inteiro para quem quiser percorrê-la. Repassamos as informações para os cicloturistas planejarem sua rota. São 327 quilômetros, os quais recomendamos que sejam percorridos em sete dias”, comentou Caren. O percurso é feito em 95% por estradas de terra batida, com o objetivo de evitar colocar o ciclista em trechos muito movimentados.
“Vamos promover eventos durante o ano em um calendário, mas o cicloturista pode fazer (ndr.: o percurso) por conta ou com uma turma”, complementou a coordenadora. A rota sai de Candelária, considerada cidade sede do roteiro e passa por Cerro Branco, Agudo, Restinga Sêca, São João do Polêsine, Dona Francisca, Ibarama, Novo Cabrais, Paraíso do Sul, Silveira Martins, Faxinal do Soturno, Nova Palma, Sobradinho, Lagoa Bonita do Sul e Passa Sete.
As cidades envolvidas na rota estão em 4 regiões geográficas imediatas diferentes, e para fácil identificação foi criado um logotipo e um mapa com 4 cores, as quais mudam em tonalidades. Cada região que o cicloturista irá passar tem suas particularidades, as quais se sobrepõe em alguns aspectos.
Entre os atrativos turísticos da região estão o Morro Botucaraí, o aqueduto, a Cascata da Ferradura e a Ponte do Império em Candelária; o Recanto Maestro, o distrito Vale Vêneto; a Cascata da Gringa, o porto em Dona Francisca junto ao rio Jacuí; Gruta dos Indios e o Morro Cerro Branco. A exemplo de outros roteiros, a Rota dos Dinossauros também terá o seu passaporte que deverá ser carimbado em cada uma das cidades de saída e chegada
Mais informações sobre opções de acomodação, quilometragem, altimetria e pontos turísticos podem ser encontradas no site da rota rotadosdinossauros.com.br
ROTA DOS DINOSSAUROS
Roteiro de Viagem:
Dia 1: Candelária > Cerro Branco – Distância: 31,72 Km – Ganho de Elevação: 358 m
Dia 2: Cerro Branco > Agudo – Distância: 46,05 Km – Ganho de Elevação: 872 m
Dia 3: Agudo > Recanto Maestro – Distância: 52,90 Km – Ganho de Elevação: 554 m
Dia 4: Recanto Maestro > Dona Francisca – Distância: 50,28 Km – Ganho de Elevação: 1186 m
Dia 5: Dona Francisca > Ibarama – Distância: 61,96 Km – Ganho de Elevação: 1295 m
Dia 6: Ibarama > Vila União – Distância: 36,23 Km – Ganho de Elevação: 1113 m
Dia 7: Vila União > Candelária – Distância: 47,95 Km – Ganho de Elevação: 596 m
