Mais um atraso na montagem da pista de madeira de pinho siberiano do velódromo olímpico do Rio de Janeiro provoca o cancelamento do evento teste. Se tudo correr bem entre 25 e 27 de junho será realizado um “pega” com os ciclistas brasileiros para testar a pista
A montagem da pista de madeira começou no último dia 22 de março – foto: Rio2016
O velódromo olímpico vai se transformar em motivo de chacota internacional o evento teste está definitivamente cancelado. Em seu lugar vai rolar um pega com ciclistas brasileiros que testarão a pista e o sistema de cronometragem no fim do mês de junho, isso se não houver mais nenhum imprevisto.
O evento teste estava programado em um primeiro momento para 18 a 20 de março, com os atrasos provocados pela empreiteira Tecnoloso que com problemas de liquidação judicial chegou a subcontratar a Engetécnica para tentar dar mais rapidez à obra, que, segundo o comitê, deveria estar concluída no final de maio para a realização do evento teste , a segunda data seria 30 de abril e 1º de maio, às vésperas do feriado de Páscoa o comitê organizador reunir a imprensa para informar que o evento estava cancelado, pela grande imprensa não há grandes informações ou questionamentos para os atrasos na obra que já consumiu R$ 137,7 milhões.
A decisão do cancelamento foi do Comitê Rio 2016 – em conjunto com o COI – comitê Olímpico Internacional , a UCI foi informada de mais um atraso. A desculpa ventilada pelas autoridades é a preservação da pista que ainda não está montada. A culpa, desta vez, é de quem transportou a madeira importada da Sibéria, na Rússia e levou o material para o Parque Olímpico com um atraso de 12 dias. O tempo total de montagem, informando agora é de 6 semanas e se tudo correr bem um treino com ciclistas locais será realizado nos dis 25 e 27 de junho para testar a pista e o sistema de cronometragem. – “Melhor ser seguro do que dizer desculpas depois por algum problema na pista”– disse Gustavo Nascimento, diretor de instalações da Rio-2016. Mario Andrada diretor de comunicação da Rio2016 afirma que “Não há impacto para os Jogos”.
Para a construção da pista o comitê Rio2016 contratou o reconhecido arquiteto alemão Ralf Schürmann para coordenar a montagem da pista; membro de uma família que tem em seus histórico a construção de mais de uma cententa de projetos de pistas de madeira e concreto desde 1926. Entre as dificuldades para a montagem da pista de madeira está a necessidade de aclimatação do ambiente das madeiras. As altas temperaturas cariocas e a umidade podem provocar a torção das madeiras. Após a montagem da pista, a expectativa dos organizadores é que a Prefeitura do Rio de Janeiro retome as atividades e conclua o acabamento, e o velódromo seja entregue com capacidade total em 31 de maio. O percentual de conclusão da obra atingiu 80% em março. Para concluir a arena de 5 mil lugares faltam o acabamento nos banheiros, pintura, cerâmica e as redes de água, esgoto e baixa tensão.
– “Esse é o primeiro dos 45 eventos-teste que decidimos cancelar. Estamos tranquilos com essa decisão. Os ganhos em terminar a pista com qualidade são maiores do que o simbolismo de não fazer um evento-teste” – argumentou Andrada.
Segundo o jornal Folha de São Paulo: “De acordo com a Rio 2016, era “muito arriscado” fazer um evento teste sem a pista estar “mais emborrachada”, o que necessita de tempo. Assim para preservar os atletas (sic- para nós quem corre num velódromo é ciclista), optaram pelo cancelamento. Pois é , agora para os dirigentes do RIO2016 o ciclismo é como automobilismo que precisa ter uma pista emborrachada para poder garantir melhor aderência, os fabricantes de tubulares agradecem a informação e os ciclistas ficam de queixo caído com esta nova determinação, afinal quanto tempo leva o emborrachamento da área de rolagem de um velódromo e qual o consumo de um tubular ou clincher rodando num velódromo. Algum ciclista já viu o graining e os restos de borracha espalhados pela celeste parte baixa da pista? Mais uma desculpa da série abobrinhas da brasilônia olímpica. A competição Olímpica de ciclismo de pista acontece de 11 a 16 de agosto, enquanto a Para-olímpica será de 8 a 11 de setembro.