MUNDIAL MTB MARATONA: COLOMBIANO PÁEZ CONQUISTA O BI-CAMPEONATO NA TURQUIA

O colombiano Hector Leonardo Páez assegurou  o bicampeonato mundial de Mountain Bike Maratona – XCM, disputado em Sakarya, na Turquia. No feminino uma surpresa, a suíça, Ramona Forchini conquistar a camisa arco íris superando adversárias mais experientes

Aos 38 anos o colombiano Hectos Páez conquista o bicampenato mundial de MTB Maratona
foto: UCI/Michal Cerveny

A UCI levou para a Sakarya, na Turquia o Mundial de Mountain Bike Maratona, a prova foi realizada no Vale do Ciclismo, uma estrutura com  pistas de BMX, velódromo ao ar livre, circuito de ciclocross e pista de cross country olímpico.

Apesar do nome, e de aparentemente ser uma estrutura voltada para os esportes com bicicleta, onde esperava-se alguma maior exigência técnica,  os participantes enfrentaram um percurso com muito estradão de terra,  trilhas mais simples e subidas longas e curtas totalizando 3500 metros de desnível  Um percurso que segundo comentários  tinha muito pouco de mountain bike, mas de uma corrida no campo onde as longas distâncias da maratona ajudaram a fazer seleção.

A prova feminina teve a participação de  33 competidoras e como grande ausente, a campeã mundial da modalidade em 2019, a francesa Pauline Ferrand-Prévot que após o título mundial no cross country em Leogang, optou por não participar da prova de maratona na Turquia.

Ramona Forchini – foto: UCI/Michal Cerveny

Apesar da ausência da supercampeã francesa, as medalhistas de prata e bronze no ano passado, a eslovena Blaza Pintarir e a sul-africana Robyn de Groot mostraram que estavam dispostas a pedalar pela primeira posição no pódio, assim  logo na volta de largada, feita antes da entrada das competidoras acessarem o circuito mais longo, as duas estavam em um grupo qonde estavam  a polonesa Maja Wloszczowska, a ucraniana Yna Belomoina,  as suíças Ramona Forchini e Ariane Luthi, a britânica Isla Short e a bósnia Leijça Tanovic..

Desde o começo ficou claro que nesse grupo seria definido o pódio. Os 80,9 km de prova e o ritmo mais forte imposto pelo grupo foram suficientes para fazer a seleção.

Wloszczowska, Forchini e Lüthi – foto: UCI/Michal Cerveny

Na segunda e última volta, Forchini e Wloszczowska passaram a se revezar na ponta e se destacaram de Belomoina, Luthi e De Groot. A decisão ficaria entre as duas. No  mano a mano na reta final,  a suíça de 26 anos se antecipou para não ser surpreendida  e arrancou para cruzar à frente da polonesa que em 2003 havia conquistado o título de XCMaratona, no mundial disputado em Lugano, na Suíça.   Depois de 1m21s chegaria a suíça Ariane Lüthi para ocupar a terceira posição no pódio.

Com a vitória Ramona Forchini conquista sua segunda camisa arco íris. Em 2015, ela foi campeã mundial sub23 de cross country olímpico – XCO e atualmente ela ocupa a 51ª posição no ranking de XCO da UCI e não figurava no ranking da MTB Marathon Serires, liderado pela eslovena Blaza Pintaric. Isto porque a prova de Sakarya foi sua primeira disputa de um mundial de maratona, “Eu não sabia o que teriam pela frente. Realmente foi muito duto. Eu estou muito feliz…. e cansada!” comemorou a campeã.

Na prova masculina o  favoritismo era todo Héctor Páez que  entrou na disputa para defender o título, além da camisa arco íris obtida no ano passado em Grächen-St. Niklaus, na Suiça, o colombiano é um bom frenquentador dos pódios do mundial de Maratona,  em Oissans’2006 foi prata e conquistou o bronze em 3 ocasiões: Kirchberg’2013, Selva di Val Gardena’2015 e Auronzo di Cadore’2018 edição em que o brasileiro Henrique Avancini conquistou o título mundial.

Português Tiago Ferreira à frente do pelotão foto: UCI/Michal Cerveny

A prova masculina não contou com a participação de brasileiros foi disputada por 53 competidores, número pequeno se comparado ao mundial de cross country, em um percurso de 110 km – uma volta no circuito de largada e mais 3 voltas no circuito longo.

Após a largada, ainda na volta de abertura/star loop houve uma seleção, onde se formou um grupo de 20 biker’s com o português Tiago Ferreira assumindo o comando do grupo e ditando o ritmo.

Na primeira volta o ritmo intenso dos ponteiros já fazia a seleção, além do português, destacavam-se o italiano Juri Ragnoli, a dupla checa Kristian Hynek e Martin Stosek, medalha de prata no ano passado e o colombiano Sáez. E acompanhados a uma curta distância pela dupla espanhola Valerio Serrano e Sergio Mantecón.

Na segunda volta o grupo era de apenas 6 mountain bikers: Ferreira, Ragnoli, Hynek, Stosek, Serrano e Páez. Ao entrar para a terceira volta o colombiano que soube correr no grupo sem se expor, decidiu testar seus adversários e forçou o ritmo, abrindo a vantagem a cada quilômetro pedalado, isso destruiu o grupo.  O português Ferreira e o tcheco Stosek perdiam 2 minutos para o líder, o italiano Ragnoli estava a longínquos 4 minutos.

O dono da prova mais uma vez foi o colombiano Páez, seu ataque foi fulminante para conseguir seu segundo título mundial. Ferreira que trabalhou muito colocando ritmo no início da prova, atacou Stosek que acusava o cansaço dos quilômetros para assegurar a medalha de prata, deixando o bronze para o tcheco.

Ferreira, Páez e Stosek – foto: UCI/Michal Cerveny

Campeonato Mundial de Mountain Bike Maratona – MTB XCM

26/10/2020Vale do Ciclismo Sakarya – Turquia

Feminino – 2 voltas – 80,9 km

1- Ramona Forchini – Suiça – 3h42m18s

2- Maja Wloszczowska – Polônia – 3h43m19s

3- Ariani Lüthi – Suíça – 3h43m40s

21- Josefina Casadey – Argentina – 4h19m53s

Masculino – 3 voltas – 110 km

1- Hector Páez – Colômbia – 4h19m50s

2- Tiago Ferreira – Portugal – 4h22m10s

3- Martin Stosek – Rep. Checa – 4h22m25s

12- Diego Arias – Colômbia – 4h31m46s

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