MUNDIAIS DE PISTA UCI: POTENCIAS CONFIRMAM FAVORITISMO NO VELÓDROMO DE PRUSZKÓW

Mais uma vez os holandeses deixam um mundial de pista com a primeira posição no quadro de medalhas graças ao desempenho de seus velocistas e principalmente com os resultados da experiente Kirsten Wild com 4 medalhas,  sendo duas de ouro. Ao todo, foram 11 medalhas para os ciclistas que correm de laranja. A segunda posição ficou com os australianos com 10 medalhas e com o único recorde mundial obtido em Pruszków

Pela segunda vez a BGZ Arena recebe os mundiais de ciclismo de pista – foto: SWPix/UCI

A BGZ Arena,  em Pruszków, na Polônia recebeu a 116ª edição dos Campeonatos Mundiais de Ciclismo de Pista, que contou com a participação de 391 ciclistas de 47 países pedalando em busca dos 20 títulos em disputa; ao final de 5 dias, apenas 9 nações subiram no degrau mais alto do pódio.  A pista que já sediou um mundial dez anos atrás, também serve como centro de treinamento da federação polonesa,   é construída de  pinho siberiano, e suas  arquibancadas podem acomodar cerca de 1.500 fãs de ciclismo.

As seleções da Holanda e da Austrália, saíram cada uma com 6 medalhas de ouro, a pequena ilha de Hong Kong conquistou 2 ouros graças ao desempenho fantástico da velocista de 31 anos Wai Sze Lee na velocidade e no Keirin. A Alemanha, que em Apeldoorn/18  ocupou a segunda posição no ranking de medalhas, com 4 ouros, acusou a ausência de Kristina Voguel,  retirada do esporte após um acidente que a deixou paraplégica  e que repercutiu fortemente na equipe de velocistas do país, o único ouro alemão veio com o bicampeonato da dupla de Madison formada por Roger Kluge e Theo Reinhardt.

Elionor Barker arranca o título de Kirsten Wild no sprint final – foto: SWPix/UCI

As disputas pelo ouro e pela camisa arco-íris começaram na quinta-feira (27/03) com as garotas disputando o Scratch. A campeã de 2018, Kirsten Wild buscava defender o título, mas na pista havia adversárias muito fortes como a belga Jolien D’Hoore e a britânica Elionor Barker  que correram muito bem posicionadas, assim evitando a queda que se deu no grupo quando faltavam pouco mais de 4 voltas para o sprint final. Nos metros finais, Baker arrancou e superou Wild na linha de chegada.; D’Hoore chegou mais atrás e se manteve mais um ano no pódio, repetindo o bronze de Hong Kong/2017.

Ainda no primeiro dia de competições aconteceram as provas de Velocidade por Equipes, masculina e feminina.  Com apenas as equipes que fizessem os 8 melhores tempos passando para as finais, a seleção ficou clara desde as primeiras voltas.  As australianas que não disputaram a prova no ano passado, entraram na pista  com a dupla  Kaarle McCulloch e Stephanie Morton e mostraram toda sua velocidade superando duas vezes o recorde australiano e passando para a final superando as bicampeãs  (2016/17 e bronze em 2018)  russas Daria Shmeleva e Anastasia Voynova. 

Kaarle McCulloch e Stephanie Morton ouro na Velocidade por Equipes – foto: ©SWPix/UCI

O técnico alemão acusando o afastamento prematuro das pistas, após um grave acidente, de Kristina Voguel, optou por escalar a experiente Miriam Welte de 32 anos com a jovem Emma Hinze de 21 anos; outra opção  já utilizada no ano passado seria Pauline Grabosch . A dupla Welte/Hinze se classificou para disputar o bronze, superando as mexicanas Jessica Salazar e Yuli Verdugo.

Os velocistas holandeses conquistam o bicampeonato no velódromo de Pruszków – foto: ©SWPix/UCI

No masculino os holandeses   entraram no velódromo de Pruszków como favoritos, vinham de um excelente desempenho na Copa do Mundo 18/19, defendiam o título e mostraram mais uma vez muito entrosamento, vencendo a prova com um tempo fantástico de 41.923 segundos; um tempo muito significativo pois  Pruszków é cidade localizada praticamente ao nível do mar, sem efeitos da altitude a dupla ficou a menos de um décimo de segundo do recorde mundial  estabelecido pelos alemães em 2013, no velódromo  de Aguascalientes, no México.  O trio holandês  Jeffrey Hoogland, Harrie Lavreysen e Roy van den Berg conquistou a medalha de ouro, com Matthijs Buchli substituindo Hoogland na primeira rodada. A França levou a prata e a Rússia ganhou a medalha de bronze.

No segundo dia de disputas, os australianos mostraram toda sua força em uma modalidade que são especialistas a perseguição por equipes,  vencendo os britânicos tanto no masculino quanto no feminino.

Título e recorde mundial para o quarteto australiano – foto:©SWPix/UCI

Na 4×4000 masculino, o quarteto formado por Sam Welsford, Kelland O’Brien, Leigh Howard e Alexander Porter superou a própria marca mundial por 1,8 segundos, estabelecendo um novo recorde de 3m48s012, com uma vantagem superior adois segundos sobre o quarteto britânico. Os dinamarqueses ficaram com a medalha de bronze ao superarem os canadenses.  

No feminino, a vitória das australianas foi apertada;   Annette Edmondson, Ashlee Ankudinoff, Georgia Baker e Amy Cure, superaram as britânicas por apenas 0,204s. Pela disputa do bronze as neozelandesas bateram as canadenses.

A perseguição por equipes é uma das especialidades das australianas – foto:©SWPix/UCI

Na disputa da perseguição por equipes, neste mundial, o desempenho dos  italianos foi abaixo do esperado, para muitos um tanto decepcionante. No masculino a equipe sofreu com a queda de Francisco Lamon quando haviam percorrido apenas 450 m de competição; o técnico tinha 2 opções – ou deixava a equipe seguir sem um ciclista ou pedia para uma nova relargada – isso tinha de ser decidido em apenas 3 segundos e ao mesmo tempo deveria avaliar a condição física de Lamon; a opção foi por deixá-los seguir sem o quarto homem, ficando com o 10º tempo, não avançando na competição. No feminino o quarteto que vinha com bronzes do último mundial e títulos europeus, teve de se contentar com a quinta posição, acusando a falta de ritmo nas voltas iniciais.

Na prova masculina de Scratch, o australiano Sam Welsford, conquistou seu segundo título mundial da noite, menos de 45 minutos após integrar o quarteto   que levou o ouro e estabeleceu o recorde da Perseguição Individual. Welsford superou na chegada ao holandês  Roy Eefting, e o neo-zelandês Thomas Sexton.

Na última curva Matthijs Buchli arranca para a vitória no Keirin – foto:©SWPix/UCI

A sexta-feira (1/03) também marcou a entrada de Kacio Feitas na pista para a disputa da fase classificatória do Keirin. Na primeira bateria, o brasileiro terminou na terceira posição, atrás do alemão Steffan Botticher e do checo Pavel Kelemen, como só os dois mais bem classificados passam, ainda restava a repescagem, aonde enfrentou uma bateria duríssima com os holandeses Matthijs Buchli, atual campeão da Copa do Mundo,  o experiente Theo Bos e o canadense Hugo Barrete.   Os holandeses fizeram o primeiro e segundo lugar, garantindo a passagem para a outra fase, e encerrando a participação do brasileiro.

O holandês Buchli, que venceu a repescagem contra o brasileiro, passou pelas quartas de final, ganhou a semifinal e ainda levou a final , sendo o último a arrancar para o sprint e superar o japonês Yudai Nitta e ao alemão Stefan Botticher.

Letizia Paternoster/Itália e Annette Edmondson/Austrália duelam por pontos na Omnium foto:©SWPix/UCI

No sábado, a programação foi aberta com a prova de Omnium feminina, com a holandesa Kirsten Wild defendendo o título conquistado em casa no ano passado.  Na primeira prova do programa, o Scratch, a vitória ficou com a italiana Letizia Paternoster.  Na Tempo Race a vitória ficou com a japonesa Yumi Kajihara. A prova de Eliminação ficou com a estadunidense Jennifer Valente,   mas na somatória de pontos que assumiu a liderança da competição foi  italiana Paternoster com 104 pontos, com Wild 2 pontos atrás. A Prova por Pontos foi um duelo entre a italiana e Wild  que correu defendendo o seu título. Até a metade da corrida as duas ciclistas estavam empatadas, porém no 7º sprint, Wild cruza em segundo e consegue abrir 2 pontos de vantagem  sobre Paternoster que ficou com a 3ª posição naquele momento. Enquanto as duas se marcavam até o final da competição com Wild ficando com o ouro e a italiana com a prata. Jennifer Valente e outras resolveram atacar em busca do último sprint, vencido pela campeã de 2017, a britânica Katie Archibald; Jennifer Valente foi a segunda colocada o que lhe garantiu a medalha de bronze.


Wai Sze Lee, a velocista de Hong Kong é o destaque da temporada com vitórias na Copa do Mundo e duas medalhas de ouro no Mundial de Pruszków – foto: ©SWPix/UCI

Com vitórias nas quatro rodadas da Copa do Mundo de Pista 18/19 nas provas de Velocidade – 200m.   Wai Sze Lee, de Hong Kong, entrou como favorita ao título mundial. Na fase classificatória a mais rápida foi a australiana Stephanie Morton e como ela e Lee estavam entre os 4 melhores tempos, passaram direto para as quartas de final. 

Lee venceu os dois matches das quartas de final contra a russa Voinova;   na semifinal despachou a francesa Mathilde Gros e na final se impôs vencendo os dois sprints contra a ciclista que é duas vezes medalha de prata nos 200 m (2018/17), a australiana Stepanie Morton.  Pela medalha de bronze, o duelo de duas jovens velocistas, a francesa Mathilde Gros que superou nos dois matches a alemã Lea Sophie Friedrich.

Jan Willen van Schip impôs um ritmo alucinante na Prova por Pontos – foto: ©SWPix/UCI

Uma das mais emocionantes disputas do mundial de Pruszkóv, aconteceu na Prova por Pontos masculina com a pista de madeira tornando-se uma terra de ninguém, com ataque em cima de ataque,  com quatro ciclistas colocando três voltas sobre o grupo, e outros nove colocando duas voltas, porém ninguém conseguiu superar o  ritmo alucinante imposto pelo holandês Jan Willen van Schip,  que  além de colocar voltas sobre o grupo, ele ainda venceu 6 dos 16 sprints disputados, conseguindo arrecadar ao longo da disputa 104 pontos.

O espanhol Sebastian Mora até que tentou acompanhar o ritmo de Schip, mas no meio da prova já acusava sinais de desgaste, soube dosar energias para se manter na disputa e ainda pontuar, terminando na segunda posição com 76 pontos;   o irlandês Mark Downey e o polonês Wojciech Pszczolarski empataram com 67 pontos, porém como  Downey cruzou a linha de chegada em uma melhor posição que o polonês , este ficou com o bronze.

Após o bronze e a prata, finalmente o ouro no Km para Quentin Lafargue – foto: SWPix/UCI

No Km contra-relógio as posições da fase classificatória se repetiram na final, com o francês Quentin Lafargue vencendo os 1000 metros, com o tempo de 1m00s029, a 0.359 segundos à frente do ex-campeão Theo Bos, da Holanda, na fase classificatória o tempo do francês foi de 59s845. Na terceira posição, outro francês, Michael D’Almeida.  Lafargue que vinha de um bronze em 2016, uma prata em 2017 e um 4º lugar no ano passado, comemorou muito a conquista da sua primeira camisa arco-íris.

Bicampeão da Perseguição Indivual – Filippo Ganna – foto: ©SWPix/UCI

Na Perseguição Individual, o italiano Filippo Ganna, campeão em 2018,  ficou a dois décimos de segundo do recorde mundial na fase classificatória. Na final o italiano superou com facilidade o alemão Domenic Weinstein; na disputa pelo bronze outra vitória italiana, com Davide Plebani superando o russo Alexander Evtushenko.

Daria Shmeleva conquistou o bicampeonato nos 500 m. – foto: ©SWPix/UCI

No sábado foi a vez de Daria Shmeleva reconquistar a medalha de ouro nos 500m contra-relógio. A russa de 24 anos, já havia vencido em Hong Kong/2017 e no ano passado ficou com a prata. Neste mundial ela fez o melhor tempo na classificação e confirmou o bom desempenho também na final. A ucraniana Olena Starikova ficou com a prata e a australiana Kaarle McCulloch com o bronze.  A mexicana Jessica Salazar ficou com a 5ª posição e a colombiana Martha Bayona não avançou na competição, terminando com o 19º tempo.

Amy Pieters e Kirsten Wild venceram a Madison -foto: ©SWPix/UCI

A prova feminina de Madison – disputada em duplas- foi marcada por uma série de tombos,   como se trata de uma competição dinâmica exige muita atenção, bom posicionamento e além de tudo muita habilidade para a troca de ciclistas. Kirsten Wild e sua companheira Amy Pieters, que no ano passado ficaram com a prata,  entraram na pista em busca do ouro; enfrentaram como adversárias duplas à altura e muito exigentes, com as australiana George Baker e Amy Cure e as dinamarquesas Amalie Dideriksen e Julie Leth. As australianas venceram 4 sprints, contra 3 das holandesas, mas estas estiveram melhor posicionadas em outros 6 sprints, cruzando na segunda posição, o que fez a diferença para conseguir a vitória sobre as australianas por apenas 2 pontos.

Ashlee Ankudinoff levou o ouro na perseguição individual e por equipes – foto: ©SWPix/UCI

Na perseguição individual feminina, mais uma vez a elevada especialização australiana nas pistas fez a diferença com Ashlee Ankudinoff superando por uma vantagem de quase 3,5 segundos a especialista em cronos de estrada, a alemã, Lisa Brennauer. Para a australiana foi a segunda medalha de ouro, pois ela também integra  o quarteto  (4x4000m – pers. por equipes) que ficou com o ouro.

Omnium um jogo aberto para os mais arrojados – foto: ©SWPix/UCI

A prova de Omnium masculina, apresentava-se como uma corrida aberta, sem favoritos e com muita gente que já frequentou o pódio querendo mais uma vez o seu espaço de destaque. No primeiro evento do programa, o Scratch, o espanhol Albert Torres, bronze em 2017  foi o melhor;  na Tempo Race foi a vez do britânico Ethan Hayter mostrar suas qualidades, atacar o pelotão, colocar uma volta e sair com a vitória. Na prova de Eliminação a vitória foi do francês Benjamin Thomas, ouro em 2017.  Para a disputa Por Pontos,   Hayter e o neozelandês Stewart entraram empatados com 102 pontos, o espanhol Torres com 100, e o holandês Van Schip, prata em 2018 com 96; esses  4 se candidatavam ao pódio.  A diferença seria feita por quem conseguisse colocar voltas, e Stewart conseguiu abrir r uma volta sobre o grupo, somou 20 pontos e depois procurou   rodar sempre à frente; o francês Thomas também foi ao ataque, colocou uma volta,  e pontuou em 6 dos 10 sprints, inclusive vencendo o último que vale o dobro da pontuação. Hayter esteve muito marcado e não conseguiu se destacar.  Ao final, Stewart conquistou o ouro com 137 pontos, seguido pelo francês Thomas,   que fez uma ótima prova terminando com 119 pontos e a medalha de prata e pelo britânico Hayter com 118.

A britânica Neah Evans lidera o pelotão na prova por pontos, em sua roda a australiana Alexandra Manly que ficaria com o ouro – foto: ©SWPix/UCI

No último dia de disputas, o domingo (03/03) , a australiana Alexandra Manly conquistou seu segundo ouro no velódromo polonês ao vencer a Corrida por Pontos.  Manly pontuou nos dois sprints iniciais, e no meio da prova resolveu atacar e colocar uma volta sobe o pelotão, mesma tática da irlandesa Lydia Boilan para superar   a campeã de 2018, a holandesa Kirsten Wild que  procurou pontuar ao longo da corrida, marcando em 6 os 10 sprints, vencendo o último com contagem em dobro. Ao final da prova Maly totalizou 29 pontos, ficando com o ouro;   Boilan 28 e a prata; na disputa pelo bronze Kirsten terminou empatada em 26 pontos com a russa Guinaz Badikova, mas como cruzou à frente no último sprint, a holandesa ficou a medalha.

Uma das provas mais aguardadas pelos fãs em todo evento de pista é a Madison masculina, e por isso também é sempre programada para o último dia de competições.  Desde o início as duplas rodaram em um ritmo alucinante, com muitos ataques e que aos poucos foi tomando forma de batalha entre as duplas da Alemanha, Dinamarca, Bélgica e Austrália.

Roger Kluge e Theo Reinhardt  incendiaram as disputas da Madison, a velocidade média foi de impressionantes 59.423 km/h – foto: ©SWPix/UCI

A dupla alemã, campeã em Apeldoorn/2018, formada por Theo Reinhardt e Roger Kluge  estava em ótima forma. Kluge dominou a pista apesar de ter chegado ao velódromo praticamente em cima da hora da competição, pois no dia anterior ele estava nos Emirados Árabes   abrindo o sprint para seu companheiro de equipe Caleb Ewan, ao final da prova pegou um avião para a Europa, mais uma escala até Pruszków , descansou cerca de 3 horas e entrou determinado a levar o bicampeonato para casa.

Theo Reinhardt foi o primeiro a colocar uma volta sobre os adversários, daí em diante os  alemães fustigaram as demais duplas,  vencendo sete sprints intermediários e levando mais duas voltas para terminar com 105 pontos. Ao longo das 200 voltas, eles perderam a liderança apenas uma vez para a dupla dinamarquesa -Lasse Norman Hansen e Casper von Folsach, quando a equipe colocou  uma volta a mais sobre o grupo, mas os alemães rapidamente lutaram para colocar uma  terceira volta e consolidar sua vitória. Os belgas De Ketele e Ghys  também  jogaram firme coloacando uma terceira volta para desbancar os australianos e conquistar a medalha de bronze.

Duelo de amigos de conterrâneos – Harrie Lavreysen e Jeffrey Hoogland no ombro a ombro dos 200m – foto: ©SWPix/UCI

Na velocidade masculina uma final holandesa com Harrie Lavreysen e Jeffrey Hoogland. Os dois correm a Velocidade por Equipes juntos, treinam e se conhecem muito bem. Mas,   o jovem de 21 anos,  Lavreysen provou ser o mais rápido que seu companheiro, conquistando a camisa arco-íris ao vencer  os dois matches, com tempos abaixo dos 10 segundos para os 200m.   A medalha de bronze ficou com os donos da casa. Mateuz Rudyk  superou nas duas baterias ao  campeão mundial de 2018, o australiano Matthew Glaetzer, conquistando a única medalha para os anfitriões.

O Keirin feminino fechou o programa dos mundiais de ciclismo de pista de 2019. Wai Sze Lee, de Hong Kong, que no ano passado havia conquistado a prata, se impôs na última volta, quando tomou a ponta do grupo forçando o ritmo para conquistar a sua segunda medalha de ouro, ela já havia conquistado a velociade 200m. A prata ficou com a australiana Kaarle McCulloch e o bronze com a russa Daria Shmeleva.


Wai Sze Lee comemora o ouro no Keirin – foto: ©SWPix/UCI

Nos bastidores mais uma vez se viu o trabalho dos comissários da UCI em busca de fraudes tecnológicas – ou os populares motorzinhos escondidos no quadro ou nas rodas de perfil alto; ao todo 112 bicicletas foram controladas e segundo informa a UCI todas estavam de acordo e dentro do regulamento.

O próximo ano reserva grandes disputas, pois o mundial que será disputado no Velodrom de Berlim, na Alemanha, poderá ser a última oportunidade para muitos ciclistas tentarem a pontuação necessária para conseguir vagas para a participação nos Jogos Olímpicos de Tóquio.  Até o momento o único brasileiro que está na corrida por uma vaga olímpica na pista é Kacio Freitas para a disputa do Keirin, mas a busca por vagas ainda está aberta, resta saber se haverá investimentos para formar uma equipe de pista que possa se candidatar à disputa de vagas, participando de todos os torneios internacionais necessários para buscar os pontos.

Campeonatos Mundiais de Ciclismo de Pista – Pruszków – Polônia

Dia 1

Scratch Feminino – 40 voltas – 10

Tempo de prova  – 12m49 – vel. Média: 46.811km/h

1- Elinor  Barker – Grã Bretanha

2- Kirsten Wild – Holanda

3- Joolien D’Hooer – Bélgica

Velocidade por Equipes Feminina – 2 voltas – 500m

1- Austália –  Kaarle McCulloch, Stepahnie Morton – 32s255 – vel. média: 55.805

2- Rússia – Daria Shmeleva, Anastasia Voynova – 32s591

3- Alemanha – Miriam Welte, Emma Hinze –  32s789

4- México – Jessica Salazar- Yuli Verdugo – 33s455

Velocidade por Equipes Masculina –  3 voltas – 750 m

1- Holanda – Jeffrey Hoogland, Harrie Lavreysen , Roy van den Ber – reserva: Matthiijs Buchli – 41s293 – vel. media: 64.404 km/h

2- França – Gregory Bauge,  Quentin Lafargue , Sebastien Vigier  – reserva:  Michael D’Almeida – 42s889

3- Rússia – Denis Dmitriev ,  Alexander Sharapov ,  Pavel Yakushevskiy – 43s115

4- Alemanha – Timo Bichler, Setefan Botticher, Maximilian Dornbach – 43s294

Dia 2

Perseguição por Equipes masculina – 4000m

1- Austrália – Samuel Welsford, Kelland O’Brrien, Leigh Howard, Alexander Porter – reserva: Cameron Scott – 3m48s012 – vel. media: 63.155km/h – novo recorde mundial

2- Grã Bretanha – Ethan Hayter, Edward Clancy, Kian Emadi, Charlie Tanfield – Rerseva:  Oliver Wood – 3m50s810

3- Dinamarca – Lasse Norman Hansen, Julius Johansen, Rasmus Pedersen, Casper von Folscach – reserva: Niklas Larsen – 3m51s804

4- Canadá – Derek Gee, Michael Foleu, Adam Jamieson, Jay Lamoureux – 3m56s382

Scratch masculino – 60 voltas – 15 km

Tempo de prova: 17m12s – vel. media 52.302 km/h

1- Samuel Welsford – Austrália

2- Roy Eefting – Holanda

3- Thomas Sexton – Nova Zelândia

Keirin masculino

6 voltas – apenas os 200m finais são cronometrados

1- Matthihs Buchli – Holanda – 10s058 – vel. média: 71.585 km/h

2- Yudai Nitta – Japão +0s038

3- Stefan Botticher – Alemanha +0.197

23- Kacio Freitas – Brasil

Perseguição por Equipes feminino – 4000m

1- Austrália – Anette Edmondson, Ashlee Ankudinoff, Gerogria Baker, Amy Cure – reserva: Alexandra Manly – 4m14s333 – vel. media : 56.619 km/h

2- Grã Bretanha – Laura Kenny, Katie Archibald, Elinor Barker, Eleanor Dickinson – 4m14s537

3- Nova Zelândia – Michaela Drummond, Bryony Botha, Holly Edmondston, Kirstie James – reserva: Buchanan Ruschlee – 4m16s479

4- Canadá: Allison Beveridge, Ariane Foreman-Mackey, Georgia Simmerling – 4m20s321

Dia 3

Prova por Pontos masculina – 160 voltas – 40 km – 16 sprints

Tempo de prova: 43m18s – velocidade média: 55.406 km/h

1- Jan Willem van Schip – Holanda – 104 pontos

2- Sebastián Mora – Espanha – 76 pontos

3- Mark Downey – Irlanda – 67 pontos

KM contra o relógio – 1.000m

1- Quentin Lafargue – França – 1m00s029 – vel. média: 59.971 km/h

2-Theo Bos – Holanda – 1m00s388

3- Michael D’Almeidda – França – 1m00s826

Perseguição Individual  – 4.000m

1- Filippo Gana – Itália – 4m07s992 – vel. média: 58.066 kmh

2- Domenic Weinstein – Alemanha – 4m12s571

3- Davide Plebani – Itália – 4m14s572

4- Alexander Evtushenko – Rússia – 4m16s784

Omnium Feminina (Scratch, Tempo Race, Eliminação, Pontos)

1- Wild Kirsten – Holanda – 117 pontos

2- Letizia Paternoster – Itália – 115 pontos

3- Jennifer Valente – Estados Unidos – 106 pontos

Velocidade Feminina – 3 voltas – apenas os 200m finais são cronometrados

1- Wai Sze Lee – Hong Kong – 11s276 – vel. media: 63.852 / 11s112 – vel. media: 64.795 km/h

2- Stephanie Morton – Austrália – +0.054 +0.135

3- Mathilde Gros – França – 11s349 – vel. média: 63.442 km/h / 11s168 – vel. média: 64.470 km/h

4-Lea Shophie Friedrich – Alemanha – +0.091 +0.164

Dia 4

500m contra o relógio

1- Daria Shmeleva – Rússia – 33s012 – vel. média: 54.526 km/h

2- Olena Starikova – Ucrânia – 33s307

3- Kaarle McCulloch – Austrália – 33s419

Madison feminino – 120 voltas – 30 km – 12 sprints

Tempo de prova: 42m38s – vel. média: 42.210 km/h

1-Holanda – Kirsten Wild, Amy Pieters – 33 pontos

2- Austrália – Georgia Beker, Amy Cure – 31 pontos

3- Dinamarca – Amalie Dideriksen – 24 pontos

Perseguição Individual feminina – 3.000 m

1- Ashlee Ankudinoff – Austrália – 3m25s971 – vel. media: 52.435 km/h

2- Lisa Brennauer – Alemanha – 3m29s243

3- Lisa Klein –  Alemanha – 3m29m473

4- Kirstie James – Nova Zelândia – 3m34s188

Omnium masculino (Scratch, Tempo Race, Eliminação, Pontos)

1-Campbell Stewart – Nova Zelândia – 137 pontos

2- Benjamin Thomas – França – 119 pontos

3- Ethan Hayter – Grã Bretanha – 118 pontos

Dia 5

Prova por Pontos feminina – 100 voltas – 25 km – 10 sprints

Tempo de prova: 30m57s – vel. média: 48.439 km/h

1- Alexandra Manly – Austrália – 29 pontos

2- Lydia Boylan – Irlanda – 28 pontos

3- Kirsten Wild – Holanda – 26 pontos

Madison masculino – 200 voltas – 50 km – 20 sprints

Tempo de prova: 50m38s – vel. média: 59.423 km/h

1- Alemanha – Roger Kluge, Theo Reinhardt – 105 pontos

2- Dinamarca – Lasse Norman Hansen, Casper von Folsach – 84 pontos

3- Bélgica – Kenny de Ketele, Robbe Ghys – 82 pontos

Keirin feminino – 6 voltas – apenas os 200m finais são cronometrados

1- Wai Sze Lee – Hong Kong – 11s012 – vel. média 65.383 km/h

2- Kaarle McCulloch – Austrália + 0s118

3- Daria Shmeleva – Rússia + 0s188

Velocidade masculina – 200m

1- Harrie Lavreysen – Holanda – 9s990 – vel. média: 72.072 km/h – 9s932 –vel. média: 72.493 km/h

2- Jeffrey Hoogland – Holanda +0s166 – +0s032

3- Mateusz Rudyk – Polônia – 10s412 – vel. média: 69.151 – 10s121 –vel. média: 71.139 km/h

4- Matthew Glaetzer – austrália – relegado – +0s041

Quadro de medalhas

1- Holanda – 6 ouro ,  4 prata, 1 bronze – 11 medalhas

2- Austrália – 6 de ouro, 3 prata, 1 bronze – 10 medalhas

3-  Hong Kong – 2 ouro

4- Alemanha – 1 ouro, 2 prata, 3 bronze – 6 medalhas

5- França – 1 ouro, 2 prata, 2 bronze – 5 medalhas

6- Grã Bretanha – 1 ouro, 2 prata, 1 bronze – 4 medalhas

7- Rússia – 1 ouro, 1 prata, 2 bronze – 4 medalhas

8- Itália – 1 ouro, 1 prata, 1 bronze – 3 medalhas

9- Nova Zelândia – 1 ouro, 2 bronze – 3 medalhas

10- Dinamarca – 1 prata, 2 bronze – 3 medalhas

11- Irlanda – 1 prata, 1 bronze – 2 medalhas

12- Espanha – 1 prata

12- Japão – 1 prata

12- Ucrânia – 1 ptata

15 – Bélgica – 2 bronze

16- Polônica – 1 bronze

16- Estados Unidos – 1 bronze

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