LES GETS: HATHERLY NO TOPO E PIETERSE COM DOMÍNIO ABSOLUTO

Les Gets foi palco para a exibição da boa forma de Alan Hatherly que após ganhar o XCC, confirmou no domingo o bom momento ao superar seus adversários e obter a sua primeira vitória em uma etapa da Copa do Mundo de XCO; com o resultado assumiu a liderança da classificação geral. Na última competição antes dos Jogos de Paris’2024, Puck Pieterse voltou ao seu estilo de demostrar força: atacou, foi abrindo espaço e colocou mais de 2 minutos de vantagem sobre suas adversárias. Na Sub23 final de semana perfeito para Isabella Holmgren e Bjorn Riley que venceram o XCC e o XCO

Em Les Gets, Alan Haterly conquista sua primeira vitória em provas de XCO da Copa do Mundo
Final de semana perfeito, após a vitória no XCC, Hatherly dominou o XCO conquistando a sua primeira vitória na Copa do Mundo – foto: UCI

Na última rodada da Copa do Mundo de Cross-country Olímpico, antes das Olimpíadas, os candidatos ao pódio em Paris, Puck Pieterse e Alan Hatherly ,   usaram a prova de XCO de Les Gets para sinalizar que estão fortes e com determinação em busca da medalha.

Pieterse despachou o pelotão logo primeira volta e abriu mais de 2 minutos para a sul-africana Candice Lill – que vem crescendo nas últimas etapas. Hatherly também ousou, e atacou no meio da prova para fazer sua corrida solitária, abrindo uma vantagem de 91 segundos sobre Mathias Flückiger.

PIETERSE ARRASADORA EM LES GETS

Antes da largada era possível perceber que o segundo lugar no XCC, na sexta-feira não tinha deixado a neerlandesa Puck Pieterse conformada com o resultado. Ela estava totalmente compenetrada, praticamente deitada sobre o guidão na primeira fila do grid esperando a largada para mostrar sua força, sem as locais Pauline Ferrand-Prévot e Loana Lecomte que estão em preparação para os Jogos de Paris, Les Gets seria o terreno para uma demonstração de força e aniquilação de adversárias.

Concentração à espera da largada, para a etapa de Les Gets da Copa do Mundo de MTB XCO
Lado a lado – Alessandra Keller e Puck Pieterse se preparam para largada foto: UCI

Uma largada sem incidentes, mas onde Alessandra Keller que saia na primeira fila perdeu várias posições, enquanto Gwen Gibson e Rebecca Henderson se encaixavam na frente.  Jenny Rissveds tomou a dianteira, com Henderson colada ao seu lado. A italiana Chiara Teocchi, manteve seu estilo de largar forte, mas conseguiu se manter na ponta até o final da primeira volta.

Na primeira subida, a australiana Henderson assumiu brevemente a ponta do grupo, pois logo recebeu um ataque de Puck Pieterse que assumiu a liderança ao final da subida, foi o primeiro e praticamente único ataque da neerlandesa e que a partir daí iniciou uma corrida – praticamente solitária contra o cronometro.

Puck Pieterse com seu melhor estilo, atacando desde a largada, abrindo vantagem e moendo o pelotão – foto: Karolina Krasinska/Red Bull Content Pool

A aceleração de Pieterse fez estragos no pelotão em Les Gets; com 4 minutos de competição, após atravessar um trecho de obstáculos – com uma sequência de rollers – já tinha uma vantagem de seis segundos sobre Henderson. Em contraste, Gibson perdeu-se completamente nas raízes e nos rollers, sofrendo uma forte queda.

Na frente, Pieterse estava praticamente no máximo de sua frequência cardíaca, em um ritmo alucinante já passando dos 20 segundos de vantagem sobre Henderson e Kate Courtney que se esforçavam em tentar perseguir.

Henderson foi obrigada a soltar os pés dos pedais uma seção estreita do percurso, a parada serviu para segurar a Kate, e dando mais margem para a campeã europeia que continuava a abrir caminho.

Kate Courtney e Savilia Blunk – foto: Michal Cerveny

Ao fundo a vencedora do XCC na sexta-feira, Alessandra Keller, conseguia reconectar com o grupo das principais perseguidoras, mas perdia 50 segundos para Pieterse.

O circuito, surrado pela chuva, não contribuía e a baixa aderência em uma curva com cambagem negativa obrigava as competidoras a desviar ou simplesmente as fazia perder o controle da bicicleta.

A sul-africana Candice Lilll estava muito rápida e conseguiu chegar em Henderson ao final da primeira volta quando perdiam 36 segundos para a líder, Pieterse. Um pouco mais atrás Evie Richards ia em busca da dupla, enquanto Alessandra Keller atravessava o trânsito do pelotão para se juntar a elas e formar um forte quarteto de perseguidoras.

Keller tomou a responsabilidade de comandar o ataque, mostrava-se com muito mais força que suas companheiras nas subidas e fazendo boas abordagens das seções técnicas do circuito.

Anne Terpstra – foto: Karolina Krasinska/Red Bull Content Pool

Lill estava inspirada e com força, isso lhe deu a possibilidade de deixar o grupo de ponteiras e tentar se descolar – perseguir Pieterse, seria impossível mesmo que ela estivesse enfrentando algumas dificuldades nos jardins de pedras, mas ela continuava voando baixo pela pista. A única preocupação da neerlandesa, como nas etapas anteriores, era que ela tinha se esforçado demais, muito cedo e isso talvez cobrasse um alto preço no final.

O ritmo forte da tentativa de perseguição produzia estragos, e na terceira volta aumentavam as diferenças no grupo. Lill e Keller rodavam sozinhas, enquanto Richards se concentrava em Henderson, com Anne Terpstra acompanhando. A essa altura, apenas Lill estava a um minuto de Pieterse.

A líder parecia se divertir ao ‘atacar ‘o bike park e fluir a toda velocidade. Lill não conseguia chegar na ponteira ou reduzir a diferença, procurando manter o tempo estável. Por outro lado, Keller  rodava a  30 segundos e tinha essa mesma vantagem para quem vinha atrás.

Já ultrapassando a metade da prova, a maior disputa parecia ser pelo quarto lugar, com Richards, Rissveds, Savilia Blunk e Terpstra trocando ataques e revezando-se nas seções do percurso que se adequavam às qualidades de cada uma.

Alessandra Keller 3º no XCO – foto: Karolina Krasinska/Red Bull Content Pool

Lill acusava o esforço e mostrava cansaço, porém compensou isso com a técnica e com uma melhor leitura das condições do percurso que secava pouco a pouco, mudando suas caracteristicas. Keller parecia estar lutando principalmente contra si mesma, mas não perdia terreno.

Na quarta volta Richards e Blunk perdiam contato;  enquanto, a três voltas do final, Lill começou perder ainda mais terreno para Pieterse, mas sem correr o risco de perder o segundo lugar para Keller, que estava perdendo o mesmo tempo e fazia sua própria corrida própria. Rissveds avançou sobre Terpstra e se impôs, para reforçar a sua posição no 4º lugar.

Apesar de sua enorme vantagem, Pieterse não diminuía o ritmo. Em vez de relaxar, ela manteve uma pilotagem agressiva. Por sua vez, Keller, sabendo como era fácil perder tempo nas subidas, continuou lutando.

Na penúltima volta Richards dava sinais de cansaço, a campeã britânica perdia contato com o 5º lugar, mas ainda conseguia manter certa proximidade de Terpstra.

Com mais de uma hora de prova, o cansaço era aparente em todo o pelotão, e neste momento começaram os problemas, além de terem seus pneus já saturados com a lama, o que comprometia a aderência, os erros de pilotagem também começavam a aparecer.

Pieterse elevava sua vantagem para 2 minutos na sexta volta. As ciclistas mais próximas dela entraram em um padrão de espera, com aproximadamente trinta segundos separando cada uma das que estavam no pódio.

Na última volta, a líder manteve o ritmo, passou pela zona técnica e lançou sua caramanhola para reduzir o peso e enfrentar a primeira das duas subidas finais.

Lill, que vinha de um 3º lugar em Val di Sole, mostrava uma forma ainda melhor.  Keller não desistiu completamente do segundo lugar, optando pelas linhas mais difíceis e mais rápidas, através de todas as partes mais técnicas do circuito. Parecia tarde demais para reduzir a diferença, mas os pequenos ganhos que ela conseguia pareciam motivacionais para chegar ao fim.

A queda final no Red Bull Roots and Rolls foi a única vez que Pieterse teve algum tipo problema. Desclipou, tirando os pés do pedais, momentaneamente e parou abruptamente, para retomar a toda velocidade e encarar o trecho final de lama para conquistar sua primeira vitória da temporada na Copa do Mundo de XCO.

Candice Lill, vem mostrando boa regularidade e cresce na temporada, antes das Olimpíadas – foto: Karolina Krasinska/Red Bull Content Pool

Candice Lill, chegou na segunda posição com 2m37 de atraso, mas obtendo seu melhor resultado em uma Copa do Mundo de XCO. Keller chegou a encurtar a diferença, mas não o suficiente para deixar a sul-africana preocupada. O resultado de Lill foi ainda mais impressionante afinal ela saiu da 4ª fila no grid e conseguiu avançar para o grupo da frente sem problemas. O quarto lugar foi para Rissveds e o quinto para Terpstra.

“Tentei forçar ao máximo desde o início e felizmente deu certo. Eu sabia que era um percurso para escaladores, então tentei dar o máximo em cada subida e correr menos riscos na descida. Na última volta me cansei um pouco e cometi alguns erros, mas felizmente tive tempo suficiente. Talvez tenha perdido um pouco o foco… Depois de três voltas, fiquei preocupada se tinha saído muito cedo, mas felizmente consegui me controlar”, comentou Puck Pieterse

Para se ter uma ideia do impressionante ritmo de Pieterse, na primeira volta ela foi 34 segundos mais rápida do que a de qualquer outra ciclista, e foi a única a fazer o circuito em  menos de 12 minutos.

De ponta a ponta – Puck Pieterse não teve adversárias em Les Gets – foto: UCI

A vitória, a a coloca em segundo lugar na classificação geral da Copa do Mundo, com 1023 pontos , à frente de Haley Batten), que optou por pular a rodada de Les Gets. A liderança é da suíça Alessandra Keller com 1248 pontos e que diz ir para suas” primeiras Olimpíadas sem pressão. Vou apenas tentar aproveitar o espírito olímpico”.

HATHERLY CHEGA À 1ª VITÓRIA NO XCO

Os primeiros movimentos da prova masculina foram comandados por uma equipe – os três homens da Cannondale Factory Racing – Simon Andreassem, Charlie Aldridge e Alan Hatherly buscavam a ponta rodando praticamente em bloco, com Andreasson liderando o grupo na longa subida da Whoop.

Na ponta os homens da Cannondale comandam o pelotão pela subida – foto: Michal Cerveny

Estar bem posicionado e principalmente na frente ao abordar as subidas fazia a diferença na primeira abordagem ao circuito, isso provocou uma boa movimentação. Daniele Braidot forçou e quebrou o domínio dos homens da Cannondale ao se colocar na segunda posição, enquanto, na segunda subida, seu irmão Luca tomava o comando, com Hatherly se posicionando logo atrás.

Mathias Flückiger não perdeu a oportunidade e aproveitou o trecho de floresta para se destacar do grupo e se posicionar em terceiro.

Antes da descida, Braidot olhou por cima do ombro e viu Hatherly se aproximando. O percurso começava a mudar rapidamente, já estava mais seco, mas as trilhas estavam surradas pelas provas anteriores.

Hatherly começou a segunda volta nove segundos atrás de Braidot, mas com a chegada de Flückiger passou a trabalhar em conjunto para ir à caça do italiano.  Atrás um grupo de seis ciclistas, liderados por Charlie Aldridge, rodava a 15 segundos.

Ao entrarem no trecho de raízes e obstáculos – Red Bull Roots & Rolls – Braidot optou por uma rota mais segura, enquanto Hatherly optou pelo traçado mais técnico, porém mais curto, que o levou a ganhar alguns segundos, encurtando a vantagem de Braidot. Ficou claro que a corrida masculina se desenrolaria de forma muito diferente da feminina, mas também que a escolha dos pneus seria fundamental.

O final da segunda volta, parecia uma batalha a três entre Braidot, Flückiger e Hatherly. O suíço ultrapassou o sul-africano no trecho técnico entre as árvores e passou ao comando.

Braidot, Hatherly e Flückiger – foto: Karolina Krasinska/Red Bull Content Pool

Luca Schwarzbauer forçava o ritmo atrás e tendo ao seu lado Nadir Colledani e Andreasson, procurava encurtar a diferença para os ponteiros mas eles estavam mais de 30 segundos atrás e perdendo mais tempo do que ganhando.

Flückiger não dava trégua, e insistia atacando, aproveitou uma curva para tomar a dianteira, assumindo muitos riscos, mas conseguiu avançar. Hatherly teve que se esforçar para ficar com o suíço, mas não desgrudava de sua roda, enquanto Braidot acusava o golpe.

Sam Gaze crescia na prova, chegou à quarta posição, mas teria de sofrer ainda muito mais para compensar o déficit de quase 45 segundos para os líderes.

As escaramuças entre Hatherly e Flückiger se intensificaram, mas na quarta volta o sul-africano avançou antes da segunda subida do percurso, levantou do selim e castigou os pedais no treco mais íngreme. Em um só golpe abriu uma vantagem de oito segundos e sem resposta d do suíço que via Hatherly indo pela trilha

Hatherly ataca e deixa Flückiger para trás – foto: Karolina Krasinska/Red Bull Content Pool

Atrás começava a luta pelas posições intermediarias, com Gaze liderando um grupo onde estavam Avondeto, Andreassen para ir em busca de Braidot. Em pouco a terceira posição estava em risco, e chance de ficar de fora do pódio era grande.

Aoo final da 5ª volta, Hatherly estava a toda velociadde, com 50 segundos de vantagem sobre Flückiger, que tinha quase um minuto sobre os demais. A superioridade de Braidot nos trechos de descida garantia que se mantivesse na disputa.

Na sexta das oito voltas da corrida, os ataques começaram a acontecer no grupo perseguidor.  Avondetto surpreendeu Braidot, mas ele conseguiu se recuperar. Andreasson estava mais interessado em estar bem posicionado para enfrentar o trecho no bosque, e aproveitar alguma vantagem, pois Gaze teve que descer da bicicleta e correr empurrando, segurando o resto o grupo

Simon Andreassen, cresceu no final da prova e terminou em 3º – foto: Karolina Krasinska/Red Bull Content Pool

Com uma hora de prova, Hatherly tinha uma vantagem de 1 minuto sobre Flückiger. Se os quatro perseguidores entrassem em um acordo, não seria impossível alcançar o suíço, mas a indecisão deixava o quarteto mais próximo de Schwarbauer que tentava reencontrar o grupo.

Gaze pareceu sentir essa ameaça e lançou seu ataque no final da 7ª volta. O efeito foi instantâneo: em apenas algumas centenas de metros ele conquistou uma vantagem de dois dígitos sobre seus antigos aliados.

Na frente, Hatherly abria a última volta com uma vantagem que lhe dava tranquilidade, Flückiger estava longe, e este também não seria incomodado por quem vinha de trás, bastava não errar para não perder os mais de 30 segundos sobre o grupo.

A batalha pelo 3º lugar foi intensa, Braidot diminuiu a diferença que Avondetto e Andreasson haviam conquistado e os ultrapassou e rapidamente se colocou na roda de Gaze.

Andreasson parecia ter reservas para o final; largou Avondetto na subida e se aproximou na descida seguinte. O percurso secou, ​​tornando-o ainda mais rápido, mas também diferentemente difícil, e Gaze foi vítima dessa mudança e caiu dando adeus ao pódio. Enquanto Andreasson e Braidot disputavam posições, Hatherly pedalava para a primeira vitória na Copa do Mundo de XCO.

Mathias Flückiger, 2º lugar em um dia que Hatherly estava imparável – foto: UCI

Flückiger manteve-se firme na segunda posição, cruzou a meta sem muita vibração indicando certa decepção. Braidot perseguiu Andreasson na reta, mas não teve a força suficiente para tomar o terceiro lugar. Simone Avondetto ficou com o 5º lugar.

Hatherly teve um final de semana perfeito, vencendo o XCC na sexta-feira e dominando no domingo o XCO. “Foi um fim de semana surreal. Antes da corrida visualizei a dobradinha e estou muito feliz por tê-la executado, especialmente antes dos Jogos (Olímpicos), comemorou o sul-africano.

Hatherly impôs o seu ritmo, para fazer as últimas voltas isolado – foto: Karolina Krasinska/Red Bull Content Pool

Uma vez que me senti confiante e feliz com minha estratégia de ritmo, simplesmente segui em frente. Fiquei surpreso por ter conseguido me distanciar desse jeito, mas feliz. Simplesmente, me mantive firme até o final”, destacou Hatherly, que também é o novo líder da Classificação Geral

Após a chegada e já de cabeça fria Flückiger avaliou melhor o seu desempenho: “Estou feliz com toda a corrida. Alan (Hatherly) estava em um nível diferente hoje… O pódio é bom para a confiança e ainda temos algumas semanas antes de Paris”.

Após 6 etapas Hatherly lidera com 1128 pontos, seguido por Nino Schurter que não correu em Les Gets e tem 942 pontos, a terceira posição é de Filippo Colombo com 888 pontos.

FINAL DE SEMANA PERFEITO PARA HOLMGREN E RILEY NA SUB23

Após a vitória no XCC da Sun23 na sexta-feira, Isabella Holmgren e Bjorn Riley repetiram no XCO o bom desempenho, e fecham sua participação em Les Gets com um final de semana perfeito, e a pontuação máxima possível em uma etapa da Copa do Mundo.

Sem disputar a etapa de Crans-Montana, Isabella Holmgren voltou a repetir o duelo que teve em Val di Sole com a francesa Olivia Onesti. A jovem canadense de 19 anos, voltou a dominar e abriu uma vantagem de 25 segundos sobre a francesa.  Sobre a líder da classificação geral, a alemã Kira Böhm, terceira colocada, sua vantagem foi de 1m46s.

Isabella Holmgren- foto: UCI

Tendo disputado apenas três das seis etapas da Copa do Mundo, Holmgren é a sensação, pois venceu em todas elas, e por esses resultados agradeceu à sua equipe: “Estou muito feliz por ter o apoio da Trek nas últimas três etapas da Copa do Mundo. Sem eles, não acho que seria capaz de fazer isso”.

Para a canadense a próxima competição será nos Jogos de Paris’2024.  “Estou muito feliz por poder ir com meu irmão (Gunnar, medalha de bronze no último pan-americano e prata no de Congonhas’2023). Esta foi uma boa corrida para aumentar minha confiança. De agora em diante vou apenas treinar forte e me divertir”.

A líder geral do XCO da Sub23, Kira Böhm, que terminou em 3º disse estar “super animada por subir ao pódio. Estava super escorregadio, mas fiquei mais e mais forte nas subidas de cada volta”, destacando as dificuldades encontradas na etapa.

Giugiu Morgen terminou a prova na 15ª posição e ocupa a 9ª posição na classificação geral da Sub23.

A prova dos garotos da Sub23 não teve a participação do líder – e até então invicto com 5 vitórias – Riley Amos que teve que deixar a Europa e ir para casa descansar e se curar de uma virose que o impediu de disputar a prova em Les Gets.

A parada também é estratégica, pois ele representará os Estados Unidos na prova de MTB em Paris’2024, enquanto isso seu amigo ee compatriota Bjorn Riley terá que esperar até Los Angeles 2028 para fazer sua estreia olímpica, mas o futuro certamente é brilhante para o jovem estadunidense, que vem crescendo à medida que entra na fase final desta temporada.

Bjorn Riley, venceu no circuito curto e no XCO – foto: UCI

Se na sexta-feira, o principal adversário no XCC foi o suíço Finn Treudler, no XCO foi o francês Luca Martin quem tentou brecar, no início da prova o ímpeto de Riley. A superioridade do estadunidense foi marcante, dominando de ponta a ponta, se livrou do francês na terceira volta e passou a abrir vantagem, volta a volta, até terminar com 1m17s sobre Martin e 1m54 sobre Treudler

O sucesso de Riley neste fim de semana deve ser atribuído em parte à possibilidade de correr com total liberdade: “Ao entrar na corrida eu sabia que era o favorito especialmente com a saída do (companheiro de equipe dos EUA) Riley (Amos), mas simplesmente decidi correr. Sair com a vitória é ainda mais especial, mas não estava me importando com a posição que conseguiri.”.

Riley também falou que é um grande fã de Les Gets: “Este é um dos meus percursos preferidos no circuito da Copa do Mundo – sempre tive bons resultados aqui. As subidas são perfeitas para o que faço e as descidas são muito divertidas. Tudo neste curso me deixa feliz”.

Whoop UCI MTB World Series – Copa do Mundo de Mountain Bike –   Les Gets – Alta Sabóia/França – 6ª etapa

XCO – Cross country Olímpico

Elite  feminina – 7 voltas x circuito de 3.5 km – 24.50  km – 75 competidoras de 25 países

🥇- Puck Pieterse  🇳🇱– Alpecin Deceuninck – 1h29m12s – vel. média 16.479 km/h

🥈- Candice Lill – 🇿🇦 +2m37s

🥉- Alessandra Keller 🇨🇭 – Thömus Maxon +3m07s

4- Jenny Rissveds 🇸🇪 – Team 31 Ibis Cycles Continental +3m38s

5- Anne Terpstra 🇳🇱– Ghost Factory Racing +4m14s

59- Raiza Goulão   🇧🇷 -4voltas

63- Hercília Najara  🇧🇷 -4voltas

Elite masculina  – 8 voltas x circuito de 3.5 km – 28.00  km – 95 competidores de 23 países

🥇- Alan Hatherly 🇿🇦 – Cannondale Factory Racing – 1h23m14s – vel. média 20.183 km/h

🥈-  Mathias Flückiger 🇨🇭 – Thömus Maxon +1m31

🥉- Simon Andreassen 🇩🇰 –Cannondale Factory Racing +2m02

4-  Luca Braidot 🇮🇹 – Santa Cruz Rockshox Pro Team +2m05s

5- Simone Avondetto 🇮🇹 – Willier-Vittoria Factory Team XCO +2m19s

Trecho do circuito de XCO de Les Gets
Trecho do circuito de Les Gets – foto: UCI

Sub23 feminina – 5 voltas x circuito de 3.5 km – 17.50  km – 73 competidores de 23 países

🥇- Isabela Holmgren 🇨🇦 – 1h06m19s – vel. média 17.50km/h

🥈- Olivia Onesti 🇫🇷 – Trinx Factory Team +25s

🥉 – Kira Böhm  🇩🇪  – Cube Factory Raing +1m46s

4- Fiona Schibler 🇨🇭 – Bike Team Solothurn +1m58s

5- Ella Mclean-Howell 🇬🇧 +2m07s

15- Giuliana Morgen  🇧🇷 – Trek Future Racing +4m43s

Sub23 masculina  – 7 voltas x circuito de 3.5 km – 24.50  km – 140 competidores de 26 países

🥇- Bjorn Riley  🇺🇸  – Trek Future Racing – 1h12m33s – vel. média

🥈- Luca Martin 🇫🇷 – Orbea Factory Team +1m17s

🥉- Finn Treudler 🇨🇭 – Cube Factory Racing +1m54s

4- Paul Schehl 🇩🇪 – Lexware Mountain Bike Team +2m29s

5- Cole Punchard 🇨🇦 – Pivot Cycles-Ote +2m49s

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