Mercado aquecido das bicicletas vem atraindo cada vez mais investidores. Marca bem posicionadas inovação, tecnologia com esse perfil a Canyon poderá ser vendida a grupos de investidores por mais de 500 milhões de euros
A bicicleta um grande negócio? Ao que parece sim, após grandes marcas italianas e outras tantas startups com novos projetos receberem aportes de capital ou mesmo serem adquiridas, o interesse por grandes marcas ou marcas de destaque ou de nicho continuam atraindo investidores – a ‘bicicleta da vez’ é a alemã Canyon que despertou o interesse do Carlyle Group e da KKR.
O boom da bicicleta provocado pela covid-19, mas também as políticas públicas de restrição à utilização de automóveis em grandes cidades europeias está levando a que mais pessoas busquem alternativas ao transporte público e também como forma de manter a forma em tempos de restrições de contato social.
A informação de que há interessados na aquisição da alemã Canyon Bicicyles chegou aos boletins de notícias do mercado de investimentos, na quarta-feira (21/10). Quem largou à frente na corrida pela marca são dois gigantes do private equity (grupos de investimento de capital privado em empresas que não estão listadas na bolsa de valores) Carlyle Group e KKR & Co..
A movimentação também atraiu outras empresas como a Advent International, Apax Partners, General Atlantic e Permira, segundo a agência de noticias econômicas Bloomberg – porém sem citar as fontes pois, segundo a notícia trata-se de informações confidenciais.
Vale destacar que tanto a KKR como a Permira, no último mês de setembro fizeram uma forte ação de investimento junto à Zwift para a produção de hardware (rolos e bicicletas estacionárias)
A operação de venda da Canyon está sendo desenvolvida pelos banqueiros da Robert W. Baird & Co. Segundo pessoas ligadas ao mercado e que avaliaram a possível transação para o Bloonger, a operação pode render mais de 500 milhões de euros (R$ 3.310 bilhões) para os atuais donos da marca.
No mercado, ainda segundo a agência Bloomberg os representantes das empresas de private equity não quiseram comentar o assunto. Na Canyon imperou o silêncio e a mesma linha foi adotada pelo banco que está viabilizando a operação.
Mas esse movimento não é nenhuma novidade para os alemães da Canyon, em 2016 ela recebeu uma pequena participação minoritária do grupo de private equity TSG Consumer Partners
A Canyon foi fundada em 1985 pelos irmãos Romam e Franc Arnold que fundaram a Radsport Arnold GMbH para fornecer peças para a indústria da bicicleta. Mas foi somente em 1996 que surgiram os primeiros modelos de bicicletas com a marca Canyon.
A marca trouxe um grande diferencial para o mercado, adotou as vendas diretas por internet. E em 2001 se firmou como fabricante de bicicletas, mudando seu nome para Canyon Bicycles GmBH. Para o desenvolvimento dos quadros e de outras novas patentes a empresa contratou Lutz Scheffer e depois reforçou o quadro de engenheiros com um dos grandes desenvolvedores da indústria da bicicleta, Hans Christian Smolik falecido em 2010 e que criou o projeto da bicicleta F10 da Canyon e outras novas inovações para marca.
A marca sempre esteve envolvida com o esporte, em seus primeiros anos patrocinou o triatleta alemão Jürgen Zack, mas seu grande salto no mercado se deu com os patrocínios de equipes profissionais no pelotão World Tour , atualmente patrocina a equipe Movistar além da profissional continental Alpecin-Fenix do jovem astro Mathieu van der Poel e no mountain bike a atual campeã mundial Pauline Ferrand-Prévot e a sensação do ciclocross e com boas atuações no mountain bike a holandesa Ceylin del Carmen Alvarado. No downhill a marca patrocina a britânica Tahnée Seagrave .
Mas não é apenas no mundo do alto desempenho que os investidores estão de olho, mas nos modelos de bicicletas hibridas, e principalmente e-bikes que atraem cada vez mais usuários no mundo.