No lugar da 9 de Julho, o GP São Paulo ganha a hierarquia da clássica mais importante do calendário nacional e Kacio Freitas vence no sprint superando a Lauro Chaman e a Francisco Chamorro colocando seu nome na história da competição. Na prova feminina Camila Aliperti foi a vencedora
Após três anos sem ser realizada, a clássica mais importante do calendário paulista foi disputada no Autódromo José Carlos Pace, mesmo carregar o tradicional nome em homenagem à data da revolução constitucionalista de 1932, assim como aconteceu entre 2012 e 2014 a corrida passou a ser denominada GP São Paulo de Ciclismo e isso tirou o brilho das disputas que levaram à pista cerca de 750 ciclistas.
Para a Federação Paulista de Ciclismo não foi tarefa das mais fáceis realizar a competição, a começar pela imposição da Fundação Cásper Líbero que proíbe a utilização do nome ‘9 de Julho’, coisa que foi mais fácil de se contornar ao utilizar o nome GP São Paulo, porém a grande dificuldade estava em conseguir um lugar para realizar uma competição com toda a relevância que a data e a prova tem.
O autódromo de Interlagos há muito tempo tinha um evento programado para a data, o Interlagos Festival, um evento de automobilismo que reuniu grandes marcas da indústria automobilística e o GP São Paulo só foi realizado graças ao organizadores desse evento que se sensibilizaram e cederam a pista para que a prova fosse realizada das 7 às 9 horas da manhã do sábado 9 de julho, e esse espaço de tempo explica o porquê da prova ter sido disputada apenas por ciclistas federados das categorias Elite e Open Masculina e Feminina e por tempo.
A clássica reuniu grandes nomes do ciclismo nacional. O traçado de Interlagos é sempre um duro teste, mesmo com a chegada mais uma vez sendo realizada na reta que fica entre o final da curva do lago e o a curva do laranjinha que é bem diferente de um final com a dura subida dos boxes e a reta que também é em subida.
As mulheres da elite tiveram uma hora para percorrer o circuito e conseguiram nesse tempo completar 8 voltas (34,47 km). O pelotão rodou compacto e alguns ataques que aconteceram foram logo neutralizados, deixando a decisão para a última volta onde o grupo chegou compacto. Camila Aliperti conseguiu superar no sprint, por uma diferença mínima, a paranaense Amanda Kunkel e a tetracampeã da 9 de Julho (2005/07/17/18) e campeã do GP São Paulo de 2012.
A elite masculina não chegou a correr as 2 horas programas, a necessidade de entregar a pista para o evento que já estava programado, reduziu o a competição para 1h43 com os ciclistas percorrendo pouco mais de 77 km (18 voltas).
A equipe Swift Carbon, a exemplo do que fez no campeonato brasileiro, procurou tomar o comando da competição colocando sempre seus homens na ponta do pelotão, sendo marcados pela Unifunvic. O pelotão praticamente rodou compacto durante as 18 voltas, apenas em alguns momentos tivemos tentativas de fugas, mas sem sucesso.
O pelotão chegou praticamente compacto para a definição onde o velocista Kacio Freitas superou a Lauro Chaman e a Francisco Chamorro, bicampeão da 9 de Julho (2010/18) e campeão do GP São Paulo de 2012.
GP São Paulo de Ciclismo – Autódromo José Carlos Pace – 9 de Julho de 2022
Elite Feminina – 8 voltas – 34.47 km
1- Camila Aliperti – Lulufive Team – 1h00m39s887
2- Amanda Kunkel – Clube Maringaense de Ciclismo +0s489
3- Luciene Ferreira da Silva – Unifunvic-Gelog-Pindamonhangaba +0s495
4- Ana Paula Finco – São José Ciclismo-Instituto ATHL +0s769
5- Ana Paula Casetta – Santos Cycling Team-Fupes +0s775
Elite Masculina – 18 voltas – 77.56 km
1- Kacio Freitas – Swift Carbon Pro Cycling Brasil – 1h43m10s196
2- Lauro Chaman – Santos Cycling Team-Fupes +0s084
3- Francisco Chamorro – – Unifunvic-Gelog-Pindamonhangaba +0s238
4- Raphael Mancini +0s240
5- Alessandro Guimarães – Almodôvar-Delta Cafés-Crédito Agrícola +0s254