Durante a etapa realizada em Roma da Fórmula E, competição de automobilismo disputada com monopostos movidos a energia elétrica, os organizadores e patrocinadores da próxima edição do Giro d’Italia fizeram o lançamento da versão para e-road bikes da grande volta italiana: o Giro E
Não demorou para acontecer, com o surgimento das e-roadies (bicicletas elétricas a pedalada assistida) era de se esperar que surgisse alguma competição. E eis que a organizadora do Giro d’Italia, a RCS ao lado dos seus patrocinadores na competição: a maior companhia de energia da Itália e quinta maior companhia do mundo, a Enel; a tradicional fabricante de relógios e objetos de luxo ligada ao mundo dos esportes TAG Heuer e a tradicional marca italiana de bicicletas Pinarello apresentaram em Roma o Giro E.
A proposta da RCS é que logo na primeira etapa em solo italiano do Giro 2018 – ( lembrando que neste ano a largada será em Israel no dia 4/5) no dia 8 de maio em Catânia, tenha inicio o Giro E, com a participação de 5 equipes formadas por dois ciclistas cada. Ao todo as equipes disputarão 18 etapas concluindo a competição no dia 27 de maio no Foro Imperial em Roma. O percurso a ser percorrido será o mesmo do pelotão World Tour, e para não atrapalhar o andamento da competição, os ciclistas do Giro E largarão com algumas horas de antecedência do pelotão.
Para apresentar o projeto foram convidados o ex-piloto da Formula 1, Giancarlo Fisichella que chegou pilotando um monoposto da Formula E e o ciclista do Team Sky, Gianni Moscon pedalando uma Pinarello Nytro que será a mesma bicicleta que será fornecida a todos os competidores do Giro E.
A Pinarello Nytro tem um quadro que utiliza parte da geometria da Dogma F10. A bicicleta completa pesa aproximadamente 13 quilos e vem equipada com o motor Evation, da alemã Fazua. Segundo a fabricante, o mais compacto e veloz motor em produção, tendo uma potencia nominal máxima de 250W (e máxima de 400W com torque máximo de 60Nm) com o funcionamento do motor a pedalada assistida vai até a velocidade de 25 km/h, acima disso é por conta das pernas do ciclista, vale destacar que quanto maior a potência é também maior o consumo da bateria, portanto na competição saber dosar a potência poderá ser o segredo do sucesso. Apesar de ser uma ação promocional, talvez a RCS esteja adiantando uma nova tendência de mercado: os eventos para as roadies/estradeiras a pedalada assistida; não que estas venham a substituir as provas a puro pedal, mas podem trazer um outro público para a modalidade.