A Eolo Kometa é uma das mais jovens equipes dentro do pelotão, com 4 anos de vida e apenas um ano como profissional – de raízes hispano-italianas – vem trabalhando muito para se consolidar, e nesse trabalho está a busca de novos parceiros, onde tem mostrado vitalidade ao conseguir para a atual temporada incrementar seu orçamento em 50% elevando o montante para 4,5 milhões de euros após a chegada da rede de fast-food Burger King
A equipe que tem sua origem na Fundação Alberto Contador e que atualmente integra o escalão de Pro Team da UCI tem mostrado um crescimento fora do comum para os padrões tradicionais do ciclismo. Como equipe convidada estreou no World Tour na Strade Biacnhe, foi convidada ao Giro d’Italia 2021 e mostrou serviço, conquistando sua primeira vitória com Lorenzo Fortunato na etapa do Zoncolan.
Para a atual temporada a equipe tem um orçamento de aproximadamente 4,5 milhões de euros; no ano passado quando passou a integrar o grupo o orçamento era de 3 milhões, o triplo de 2020 quando corria sob o nome Kometa-Xstra Cycling Team com licença espanhola.
Os patrocinadores principais são responsáveis por cerca de 70% do orçamento – a italiana do setor de internet sem fio de banda ultralarga Eolo; a Kometa uma empresa agro-alimentar de capitais italianos com fábricas na Itália e na Hungria com as quais tem contratos de três anos e aumentaram seu aporte à equipe e o braço italiano da Burger King com uma rede de 230 lojas; o restante é coberto pelos demais patrocinadores como a Aurum Bikes e mais uma série de fornecedores técnicos.
Do total do orçamento da Eolo-Kometa, 85% é destinado à equipe principal, o restante é destinado às equipes de base dos garotos da sub23 e júnior.
EOLO-KOMETA QUER CONTINUAR CRESCENDO EM 2023
Já de olho nas próximas temporadas a equipe quer incrementar seu orçamento. “Nosso trabalho sempre consiste em crescer e encontrar novos apoiadores para reforçar a estrutura e contratar mais ciclistas de qualidade”, declarou ao site especializado em marketing esportivo Palco 23, Francisco Contador, manager da Eolo-Kometa Cycling Team que atualmente corre sob licença italiana, que também mantém uma sede na Espanha.
“Uma equipe de ciclismo não é como uma empresa que oferece um serviço ou produz alguma coisa, não busca gerar lucro, pois tudo que entra é gasto em recursos, que normalmente são humanos”, acrescento o direto geral da equipe que tem ainda o ex-ciclista Ivan Basso como diretor esportivo.
Essa busca por novos investidores na equipe e o aumento do orçamento, é mais um passo para que no futuro a equipe consiga atingir o seleto grupo das equipes World Tour. “Trabalhamos sem pressa mas com firmeza para melhorar as condições que temos, mas não podemos definir uma meta ou um ano, pois pode chegar um grande patrocinador e apostar em nós, o que nos permitirá atingir a cifra de dezesseis milhões de euros que é o custo para estar na categoria mais alta”, destaca Contador.
Com muita clareza, o dirigente assegura que se não é possível chegar ao valor mínimo para entrar no pelotão World Tour, “é melhor ficar aonde estamos, onde também há uma equipe como a Alpecin-Fenix, que tem ciclistas de alto nível e o maior orçamento da categoria”.
EQUIPE CONTA COM 42 FUNCIONÁRIOS E 53 CICLISTAS
Em uma equipe que cresce ano a ano, os investimentos também estão na contratação de profissionais especializados em comunicação, marketing e no departamento de patrocínios. Na atual temporada, o número de colaboradores passou de 42 profissionais com a chegada de mais massagistas, mecânicos e diretores que se somam aos 53 ciclistas da equipe.
A estrutura toda trabalha como um clube que também busca a formação de ciclistas para sua base, nas categorias juvenil e sub23, que fica sediada em Madri. “O projeto não pode ser concebido sem juvenil ou sub-23, assim como sem a área social e as corridas escolares que organizamos”, destaca o dirigente Francisco que é irmão do ex-ciclista profissional Alberto Contador.
Para a garotada da base – das categorias júnior e sub23 – o projeto busca uma maior participação internacional procurando competições de maior nível técnico na Espanha, Itália e Bélgica.
A estratégia nesta divisão será que o próximo curso cresça em termos de participação em competições internacionais, com um calendário de provas em Espanha, Itália e Bélgica de mais categoria.
A Fundação Alberto Contador, também tem um trabalho junto a garotada de 6 a 14 anos – a verdadeira base do esporte – em um projeto patrocinado por um grande centro comercial da cidade de Pinto – a Escola de Ciclismo Plaza Eboli .