DOPING NA GRAN FONDO DE NEW YORK

 O colombiano Oscar Tovar, vencedor da última edição da Gran Fondo de Nova York, disputada em 17 de maio,  testou positivo para o uso de testosterona sintética em controle realizado pela  pela Agência Antidoping dos EUA (USADA) na prova para amadores. Pelas regras da Agência Mundial Anti- doping, Tovar será punido com dois anos de suspensão e pelos organizadores da  GFNY por toda a  vida em qualquer outro evento internacional da GFNY

GFNY - cinco meses após a vitória Oscar Tovar perde seu lugar no pódio

Cinco meses após a vitória Oscar Tovar perde seu lugar no pódio da Gran Fondo de NY – foto: GFNY

Dois ciclistas colombianos mostraram o lado obscuro dos amadores. Na última edição da Gran Fondo Campagnolo de New York dois ciclistas acusaram positivo.  O vencedor da edição 2015. Oscar Tavor acusou positivo para testosterona sintética . Já a ciclista Yamile Lugo da Colômbia, que terminou em terceiro lugar geral feminino acusou a utilização de  esteróide de origem exógena, o positivo pode ter sido causado pelo uso  de testosterona, ou um outro agente anabólico como DHEA. Tovar havia passado por testes aleatórios como parte do programa pré-corrida e o controle havia acusado negativo. A resolução da USADA só saiu 5 meses após a realização do evento porque o processo de analise e de julgamento dos ciclistas é bastante demorado.

Com a desclassificação, o também colombiano Raul Montana assume a primeira colocação da GFNY. O alemão Timo Krieger, assume o vice-campeonato e o nova-iorquino Mike Margarite subiu para a terceira posição no pódio.

O CEO da GFNY, Uli Fluhme fortalece sua posição de testar atletas, mas apesar do resultado positivo, vê que a organização está no caminho certo ao efetuar controles: “É claro que estamos chateados e magoados pois um dopado mancha a reputação de nossa prova e poderia acontecer um dia. No entanto, é sem dúvida mais importante para nós fazer o que pudermos para tornar a nossa corrida mais justa e para isso estão os controles de doping. Simplesmente olhando para frente e não testar os ciclistas é a pior decisão que um diretor de prova pode fazer, porque induz a muitos a tomarem drogas para tentar nivelar o campo de jogo”.

Fluhme acrescenta: “Nós não podemos voltar no tempo para comemorar os verdadeiros ganhadores do pódio, mas temos certeza de que, pelo menos, os vencedores receberão os prêmios  a quem tem direito. E continuamos nossos esforços para fornecer aos participantes condições de corrida justas, realizando dentro e fora da competição controles anti-doping, apesar de ser um custo substancial para GFNY. O objetivo final não é para apanhar trapaceiros, mas para impedi-los de correr  em todos os lugares”.

Regras de Controle Anti-Doping na GFNY, a organização do evento começou a aplicar testes anti-doping em 2012, o GFNY é o primeiro evento aberto a amadores que também instituiu testes fora da competição. Em 2012, o nova-iorquino David Anthony e o italiano Gabriele Guarini, testaram positivo para EPO na GFNY depois de vencer suas respectivas faixas etárias, após esses casos nos dois anos seguintes, 2013 e 2014, todas as amostras foram negativas.

Quem é apanhado usando substancias proibidas na GFNY recebe uma suspensão vitalícia e além disso é obrigado a reembolsar o custo dos exames antidoping ao organizador do evento e também assumir os custos por qualquer dano à sua reputação como conseqüência do controle de doping positivo. Se o ciclista integra alguma uma equipe participante da GFNY esta poderá ser responsabilizada por esse dano.

As regras da GFNY são muito rígidas, um ciclista que estiver sob punição da WADA/AMA não pode participar em qualquer evento GFNY e  após a proibição a vida não é fácil para trapaceiros, o ciclista é autorizado a participar, mas tem que  largar no fundo do pelotão, seu tempo não será cronometrado e não integrará os resultados. Segundo os organizadores isto permite a reintegração social do ciclista, mesmo que ele tenha recebido uma punição que se estenda ao longo da sua vida competitiva.

As bikes também passaram pelo controle antidoping .Na edição de 2015 do GFNY várias bicicletas foram controladas de forma aleatória; a história dos motorzinhos no pelotão parece mais real que as piadas que circulam no meio.  E os organizadores deixam claro ao informar que há no mercado tecnologia que permite integrar de forma invisível motores silenciosos no interior de um quadro, capazes de produzir até 250 watts durante 30 minutos, o que aumenta o desempenho de um ciclista em mais de 50%. Para 2016, os organizadores do GFNY já declararam que os controles de bicicletas se intensificarão.

Deixe um comentário

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.