Gustavo Bala Loka garantiu a inédita participação do Brasil na prova de BMX Freestyle Park nos Jogos Olímpicos de Paris’2024. Foram dois dias de grandes apresentações em busca de uma das seis vagas. Na semifinal ele fez a segunda melhor média e na final com o quarto lugar carimbou o passaporte após as etapas de Xangai e Budapeste do Olympic Qualifier Series
Gustavo ‘Bala Loka’ de Oliveira, garantiu na manhã deste sábado (22/6), a vaga para os Jogos Olímpicos de Paris no BMX Freestyle. O quarto lugar na segunda etapa do Olympic Qualifier Series (OQS) 2024, disputada em Budapeste, na Hungria foi fundamental para assegurar a classificalçao.
Na somatória das duas etapas Bala Loka que vinha de um oitavo lugar na primeira etapa disputada em Xangai, no mês de maio, terminou em 4º lugar na classificação geral. A disputa pelas vagas foi apertadíssima, afinal a OQS ou série de qualificação olímpica dava vagas apenas para os seis mais bem classificados.
Na sexta feira, na semifinal disputada por 24 pilotos sairiam os 12 melhores para a final , , Gustavo Bala Loka, havia feito a segunda melhor pontução , recebendo 88.36 em sua primeira entrada no parque e 87.58 na segunda, em ambas entrdas ele havia feito a segunda melhor pontuação e ao final encerrou com média de 87.97, ficando atrás apenas do estadunidense Marcus Christopher que obteve a com média de 89.04, sendo o único a receber uma nota acima de 90 (91.00, na primeira volta). Ainda nessa fase o outro brasileiro, Caio Oliveira, o Rabisco terminou em 19º com média de 57.01- com 69.50 na primeira entrada no Parque enquanto a segunda 44.53.
A chuva que caiu pela manhã em Budapeste, não atrapalhou as disputas que foram feitas em dois grupos – cada um com 6 pilotos. Bala Loka andou na segunda bateria da final e foi o penúltimo a entrar, já que havia terminado com a segunda melhor pontuação na semifinal.
Com um estilo próprio onde se destaca sua segurança na abordagem, Gustavo usou bem todas as rampas da pista em uma combinação de manobras com intensidade e altura. Em sua primeira entrada na pista somou 89,72 pontos, naquele momento a quarta melhor pontuação.
Bala Loka consegue classificação inédita
A segunda entrada na pista era um tudo ou nada, e Bala Loka entrou muito consciente e foi além em sua última chance de classificação, conseguindo 91,90 pontos, 3º melhor pontuação da bateria e no geral – entre as duas baterias disputadas – a 4ª melhor pontuação.
Na etapa de Budapeste, o francês Anthony Jeanjean repetiu o desempenho de Xangai e mais uma vez ficou com a melhor pontuação – 93,40, a segunda posição foi do estadunidense Anthony Jeanjean repetiu o resultado da etapa de Xangai. O estadunidense Marcus Christopher com 92.98 foi o segundo e o britânico Kieran Reilly com 92.05 foi o terceiro.
“Hoje foi difícil por conta da chuva mais cedo e do vento. Deu certo, consegui fazer a manobra que eu queria na segunda volta. Foi o meu melhor trabalho hoje. Eu estava muito ansioso, era a minha volta”, declarou Gustavo Bala Loka ao Olympics.com após a prova. “Estou sem palavras, não consigo descrever. É um sonho que se realiza”, acrescentou o brasileiro sobre a obtenção da vaga para os Jogos de Paris, e aqui vale destacar que a vaga é do Comitê Olímpico, mas nesta modalidade não há nenhum questionamento quanto às qualidades e ao desempenho do piloto nas últimas temporadas
MEDALHISTAS EM TÓQUIO NÃO VÃO A PARIS
Para os fãs da modalidade, a semifinal da sexta-feira trouxe surpresas, pois nenhum dos medalhistas dos Jogos Olímpicos Tóquio 2020 estará na final. O venezuelano Daniel Dhers ficou em 13º, com média de 79.65. O veterano de 39 anos, também não havia conseguido avançar para a final na etapa de Xangai, assim, o medalhista de prata em Tóquio ficou longe da classificação e do sonho de mais um pódio olímpico.
Completando as zebras, o australiano Logan Martin, ouro em Tóquio, foi apenas 17º, com média de 71.04, em um dia considerado por ele como um dos piores de sua carreira. Martin marcou 69,92 em sua primeira entrada no parque após uma queda nos segundos finais. Ele cometeu outro erro na segunda volta, marcando 72,16 pontos, e dando adeus à tentativa de sua segunda medalha de ouro.
“Eu sabia o que fiz de errado. Eu sabia o que precisava fazer. Eu estava fazendo isso perfeitamente no treino. Estava me sentindo ótimo no treino. Foi apenas um deslize na minha primeira corrida. Eu nem pensei tipo, ‘Ah, e se isso acontecer de novo?’ Eu estava pensando: ‘Aterrisse certo a manobra anterior para poder voltar corretamente’”, continuou ele. “Eu simplesmente não fiz isso direito. Fiz a mesma coisa duas vezes, mas não queria ficar pensando naquela primeira corrida. Eu estava tentando me reorientar, reiniciar na próxima corrida. Eu sabia que ainda poderia ter feito a final se eu fizesse uma boa segunda corrida.”
BMX freestyle park – masculino – OQS Budapeste 2024
🥇- Anthony Jeanjean 🇫🇷 – 93.40 pontos
🥈- Marcus Christopher 🇺🇸 – 92.98
🥉- Kieran Reilly 🇬🇧 – 92.05
4- Gustavo Batista de Oliveira “Bala Loka” 🇧🇷 – 91.90
5- Justin Dowell 🇺🇸 – 90.82
6- Marin Rantes 🇭🇷 – 90.80
7- José Torres Gil 🇦🇷- 90.62
8- Nakamura Rimu 🇯🇵 – 89.00
9- Dylan Hessey 🇬🇧 – 86.10
10- Jude Jones 🇬🇧 – 85.10
11- Zoltan Kempf 🇭🇺- 78.60
12- Ernests Zebolds 🇱🇻 – 56.40
19 – Caio Oliveira 🇧🇷– 57.01 na semifinal
Classificados para os Jogos de Paris
(pontos após a etapas do OQS de Xangai e Budapeste)
1- Anthony Jeanjean 🇫🇷 – 50+50 = 100
2- Kieran Reilly 🇬🇧 – 41+41 = 82
3- Marcus Christopher 🇺🇸- 30+45 = 75
4- Gustavo Batista de Oliveira “Bala Loka” 🇧🇷 – 33+38 = 71
5- Justin Dowell 🇺🇸 – 35+36 = 71
6- Marin Rantes 🇭🇷 -36+35 = 71