PANAMERICANO DE PISTA – BRONZE NA VELOCIDADE MAS CBC NÃO LEVA MULHERES À DISPUTA

No primeiro dia de competições do Panamericano de Pista que está sendo disputado no velódromo Peñalolén, na capital chilena, a seleção brasileira conquista a medalha de bronze na velocidade por equipes, porém a delegação brasileira não tem nenhuma mulher na disputa

Osteti, Cipriano e Freitas conquistam o bronze na Velocidade por Equipes foto: Divulgação

O trio de velocistas da seleção brasileira  chega com força para ao Pan Americano de Pista e  conquista a medalha de bronze ao superar  a seleção de Trinidad e Tobago. Pelo ouro  canadenses e venezuelanos repetiram a final dos jogos Pan Americanos  de Toronto, mas desta vez inverteram as posições, om os venezuelanos ficando com o ouro.

Na disputa do primeiro dia os colombianos saíram à frente na perseguição por equipes, aonde estavam desfalcados, om relação aos Jogos Pan Americanos de Toronto, do experiente  Fernando Gaviria, mas que foi substituído à altura por Jordan Parra; a seleção cafeteira colocou quase 3 segundos nos canadenses. Nesta prova  a formação argentina que vinha de uma prata nos Jogos de Toronto,  perdeu o bronze para os chilenos que fizeram um tempo muito bom na disputa pelo terceiro lugar.

As seleções que disputaram as finais da Perseguição por Equipes – 4x4000m – foto: Fed.Ciclista Chile

O Brasil aposta tudo para levar aos Jogos Olímpicos o seu trio de velocistas  com a formação Osteti, Cipriano e Freitas e na Onmium com  Gideoni Monteiro. No Chile os integrantes da seleção nacional ainda disputarão o Keirin (Flávio Cipriano e Kacio Freitas), a Velocidade Individual (Flávio Cipriano, Kacio Freitas e Hugo Osteti) e 1km Contra-Relógio (Kacio Fonseca).  Não há o que questionar com essa escolha e nem do trabalho que vem sendo feito com esse grupo de velocistas, porém é muito estranho que em uma disputa continental, tão próxima do Brasil, afinal o Chile está a poucas horas de voo  com preços de passagens aéreas não tão elevados,  a delegação não tenha nenhuma ciclista. A seleção brasileira não levou mulheres ao Panamericano da modalidade. Levando em conta a população do país e com o volume de investimentos oficiais que há no esporte,  falta representação em outras provas, um pequeno comparativo os colombianos estão com  11 ciclistas e o Brasil, país que sediará as próximas olimpíadas tem apenas 4.

As três medalhas de ouro conquistadas por Sumaya Ali, no último Campeonato Brasileiro de Pista, disputado há dois meses em Maringá não serviriam de motivo para leva-la ao Chile? Se o argumento for a idade,  levá-la ao Panamericano não seria uma forma de premiá-la pelo seu desempenho no velódromo de Maringá?  O Brasil não levou nenhuma representante para o scratch, para a prova por pontos e nem para o Omnium aonde a campeã nacional é Daniela Lionço. Na velocidade por equipes feminina, a dupla Maria Hendi e Wellyda dos Santos  tinha um tempo  em pista aberta e com piso de concreto muito próximo ao das chilenas que terminaram com a 5ª colocação,  o que não poderiam tentar em uma pista com piso de madeira e coberta? Wellyda não poderia ser testada nas provas de velocidade deste evento continental. Não  seria o momento de colocar à prova, de dar bagagem  às ciclistas brasileiras e a outros rapazes? O que aconteceu com a quarteta de garotas ( Polegatch, Cris Silva, Alice Melo e Daniela Lionço) que na temporada passada fez uma longa preparação no Paraná? Não foram aproveitadas e no último brasileiro muitas delas mostraram bom desempenho.

Experiência só se consegue com o intercâmbio, a melhor prova disso são os resultados que estão sendo conquistados com os homens na velocidade por equipes, mas porque não se tenta também com as garotas ou em outras especialidades da pista?

Depois as criticas são de que os ciclistas brasileiros não tem experiência, porém se quando há possibilidade estes não são convocados, então fica ficamos sempre no dilema: não viajam porque não tem experiência ou não adquirem experiência  por que não viajam.

O programa desta quarta-feira reserva as finais das provas de Velocidade Feminina (500 metros contra-relógio) , Scratch masculino (15 km), perseguição individual masculino e o Keirin

Perseguição por equipes masculino 4×4000

1- Colombia – Juan Esteban Arango,Arles Castro, Jhonatan Restrepo, Jordan Parra –  04m01s470

2- Canada – Edward Veal, Remi Pelletier-Roy, Aidan Caves, Sean MacKinnon – 04m04s029

3- Chile – Luis Sepúlveda, Cristian Cornejo, Elías Tello, Felipe Peñalosa-  04:02.975

Scratch Feminino 13m54s655 – vel. média 43,132 km/h 

1- Jennifer Valente, Jennifer/Estados Unidos

2- Allison Beverige/Canad

3- Arlenis Sierra/Cuba

Velocidade por equipes masc.

1- Venezuela –  Hersony Canelón, Ángel Pulgar, Cesar Marcano – 44s000

2- Canadá – Hugo Barrete, Joseph Veloce, Evan Carey 44s117

3- Brasil – Hugo Osteti, Flavio Cipriano, Kacio Freitas – 44s43

Velocidade por equipes feminina

1- Colombia – Martha Bayona, Juliana Gaviria –  33s890

2- México – Luz María Gaxiola, Jessic Salazar – 33s944

3- Canadá – Monique Sullivan, Kate O’Brien – 34s105