Uma modalidade que ganha cada vez mais espaço e adeptos no Mundo e no Brasil, o PumpTrack, também tem seu mundial oficial que entrega medalhas e a tão cobiçada camisa arco íris da UCI. A segunda edição do Campeonato Mundial Red Bull UCI de Pump Track aconteceu entre os dias 15 e 17 de outubro em Lisboa, Portugal, reunindo 70 pilotos de 25 países. O título na Elite masculina ficou com Eddy Clerte e no feminino com Aiko Gommers, o Brasil marcou presença com Priscila Stevaux, Bruno Cogo e Kayo Camilo
A pandemia da Covid-19 também complicou o mundo do pump track e o mundial que deveria acontecer no ano passado em Leogang, foi cancelada. Com isso os organizadores optaram por juntar parte da temporada 2020 e 2021 e usa-la como classificatória para a segunda edição do mundial disputado no Parque das Nações, junto à famosa Ponte Vasco da Gama e às margens do rio Tejo, em Portugal.
PORTUGAL RECEBEU A SEGUNDA EDIÇÃO DO MUNDIAL DE PUMP TRACK
A pista de 285 metros, possui 16 curvas e ondulações foi construída pela Velosolutions, uma empresa suíça que em parceria com a RedBull desde 2018 vem promovendo e levando adiante a proposta de internacionalizar a modalidade. O primeiro passo foi sua oficialização pela UCI com a disputa do Mundial de Pump Track, mas o plano é muito mais ambicioso e pretende levar a modalidade mais jovem do ciclismo às olimpíadas. Não será tarefa simples, pois sabe-se que para cada nova modalidade do ciclismo que entra, outra terá de ser excluída – aconteceu assim para a entrada do MTB, do BMX e nas reformulações do programa da pista, a não ser que o COI – Comitê Olímpico Internacional promova alguma mudança.
No sábado (16/10), durante o primeiro dia de competição, a organização em virtude da Covid-19 e da impossibilidade de muitos pilotos não terem disputado etapas classificatórias nas provas disputadas no período 2020-21 abriu um precedente e criou o Last Chance Qualifier, onde qualquer piloto federado, maior de 17 anos, poderia tentar sua classificação pois havia na disputa mais vagas e foi o que garantiu um maior número de participantes, além dos 12 já classificados (12 mulheres e 12 homens) nas seletivas .
PRISCILA STEVAUX FICOU COM O 2º LUGAR NA CLASSIFICATÓRIA
O brasil chegou ao Mundial de Pump Track com Bruno Kogo, Kayo Camilo e Priscila Stevaux que fez sua estreia em um evento de pump track ficou com o segundo lugar no o Last Chance Qualifier, assegurando a vaga para a final no domingo.
No domingo (17/10) as disputas reuniram 34 riders femininas e 33 masculinos e com várias sessões que selecionaram o grupo finalista. Ao longo das seis entradas na pista o francês Eddy Clerte foi o mais rápido, bombando sua bicicleta com força fez seis vezes o melhor tempo de pista, passando para a final com 26s673 que o levou para a disputa pelo ouro contra o alemão Philip Schaub.
Apesar de não ter baixado o seu melhor tempo, Clerte de 23 anos percorreu a pista em 26s920 e levou o outro e a camisa arco-íris, isso depois de ter conquistado o bronze na primeira edição do Mundial em 2019 e a prata no evento que de 2018 que à época não tinha a chancela da UCI.
CLERTE FOI O MAIS VELOZ NO PUMP TRACK
Na disputa pelo bronze deveria acontecer o confronto entre o o francês Thibault Dupont e o holandês Niels Bensink, o francês entrou na pista e marcou 29s211. Niels sentindo dores, simplesmente entrou na pista e rodou sem forçar o ritmo, apenas para cumprir com o protocolo.
Entre os latino-americanos o melhor desempenho no pump track foi do chileno Sebastián Mendez que ficou em 21º seguido pelo argentino Jeronimo Paisa. Os brasileiros Bruno Cogo e Kayo Camilo ficaram em 28º e 31º respectivamente.
Na prova feminina, a adolescente belga de 17 anos Aiko Gommers registrou o segundo melhor tempo nas duas primeiras rodadas, em seguida, o melhor tempo nas oitavas de final e nas quartas de final para garantir uma vaga na semifinal.
RIDENOUR NÃO RESISTIU À VELOCIDADE DA JOVEM AIKO GOMMERS
A estadunidense, Payton Ridenour que entrou na pista para defender o título de campeã mundial, foi a mais rápida nas semifinais e teria como adversária na final a holandesa Gommers, no entanto, a americana não conseguiu superar o forte ritmo da jovem que no último mundial de BMX disputado no mês de agosto em Papendal, ficou na 8ª posição.
No duelo entre latino-americanas, a chilena Renata Urritia ficou com a 17ª posição, enquanto a brasileira Priscila Stevaux ficou em 18ª.
A modalidade que congrega pilotos de bmx, mountain bikers e qualquer pessoa que quiser testar sua técnica e colocar força fluindo pelas curvas e obstáculos, apenas bombando – fazendo força com braços e pernas para fazer a bicicleta deslizar, fluir pelo traçado vem crescendo em todo mundo com novas pistas sendo construídas e com competições acontecendo. Aqui no Brasil não é diferente e várias cidades, condomínios e clubes estão investindo na construção de pistas para uma atividade de alta sociabilidade e que dá oportunidade a todos de experimentar e ir além e aprimorar a técnica de domínio da bicicleta.
CAMPEONATO MUNDIAL DE PUMP TRACK UCI
17 de outubro 2021 – Parque das Nações – Lisboa, Portugal
Categoria Elite Masculina
1- Eddy Clerte – França –26s920
2- Philip Schaub – Alemanha – 28.920
3- Thibault Dupont – França – 29s211
21 – Sebastian Mendez – Chile – 28s958
22- Jeronimo Paisa – argentina –28s981
24- Miguel Calixto – Colômbia – 29.s066
28- Bruno Cogo – Brasil – 29s989
31 Kayo Camilo – Brasil 1st, 30.986
Payton Rydenour, Aiko Gommers , Chistra Von Niederhäusern – Chistra Von Niederhäusern Philip Schaub , Eddy Clerte e Thibault Dupont – foto: Dan Griffiths/Red Bull Content Pool
Categoria Elite Feminina
1- Aiko Gommers – Bélgica – 29s755
2- Payton Rydenour – Estados Unidos – 30s105
3- Chistra Von Niederhäusern – Suíça – 30s225
17 – Renata Urrutia – Chile – 32s111
18 – Priscila Stevaux – Brasil – 32s242
24 – Rocio Fernandez – Argentina 1st, 34.469