Aos 37 anos de idade e após 17 anos no pelotão profissional, sendo os últimos 3 defendendo o Team DSM, Nicholas Roche anuncia sua aposentadoria do ciclismo profissional ao final da temporada 2021
Nascido em Conflans-Saninte-Honorine, um subúrbio de Paris, mas seguindo a origem paterna do ex- campeão Stephen Roche optou por se naturalizar irlandês, mas isso só depois de um imbróglio entre as Federações Francesa, Irlandesa e a entidade máxima do ciclismo, a UCI após ter decidido se radicar profissionalmente na França e a duvida dos burocratas se Nicholas Roche deveria correr como francês ou irlandês.
Nicholas nasceu em uma família de ciclistas
Nicholas Roche carrega desde o berço a tradição do ciclismo de estrada, pois além do pai – Stephen – ele é sobrinho de Laurence Roche e Neil Martin , além de primo de Dan Martin, neste caso pode-se afirmar com segurança que carrega o DNA do esporte.
Tendo experimentado quando jovem o futebol e rúgbi, onde comenta-se que teve bom desempenho nas duas modalidades, aos 18 anos se definiu pelo ciclismo após ter conquistado a Volta da Irlanda Junior, em 2002, por dois anos correu por equipes regionais francesas até assinar um contrato, em 2004, como estagiário na Cofidis.
Defendeu grandes equipes do pelotão World Tour
Se profissionalizou em 2005 e passou a atuar como um ótimo gregário, um ciclista e fechando sua carreira com 17 temporadas tendo passado pela Crédit Agricole (2007/08) Ag2r-La Mondiale (2009/12), Saxo-Tinkoff (2013/14), Team Sky (2015/16) BMC Racing Team (2017/18) e wm 2019 entrando na Team Sunweb – atual Team DSM.
Ao longo dos anos como profissional conquistou duas vitorias de etapa na Vuelta a España e terminou em posições de destaque, sendo 6º em 2010 e 5º em 2013 Largou em 24 Grandes Voltas (Tour/Vuelta/Giro), chegando ao final em 22 delas. Tem 18 participações em clássicas. Em sua carreira chegou a 12 vitórias .
Em 2019 e com ótima bagagem dentro do pelotão chegou à liderança da Vuelta, após o segundo lugar na 2ª etapa, e com isso repetiu o feito de 2013 quando vestiu ‘la roja’.
Experiente – era como o ‘irmão mais novo’ para os companheiros da equipe
Compartilhando sua vasta experiência com seus companheiros do Team DSM ao longo de seus três anos, Roche sempre ocupou posição de responsabilidade, especialmente no 2020 Tour de France, onde ele foi um membro importante da campanha de sucesso da equipe com, as vitorias de etapa de Marc Hirschi (12ª) e de Soren Kragh Andersen (14ª e 19ª).
Em 2021, Roche passou sua última temporada trabalhando com destaque para a equipe, além de conquistar subir ao pódio na 5ª etapa do Tour des Alpes e um 3º no Giro.
Em declaração distribuída pela equipe, Nicholas Roche adianta sua despedida:“Depois de 17 anos e mais de 1270 dias de corridas profissionais, com muitas ótimas lembranças, é hora de me aposentar e olhar para um novo horizonte. Minha última corrida foi o campeonato irlandês, em casa, com meus amigos e família. Andar de bicicleta é minha vida e me trouxe muito ao longo dos anos. Me permitiu conhecer e trabalhar com algumas pessoas incríveis e viajar para alguns dos lugares mais remotos e fantásticos deste planeta. Foi uma experiência trabalhar também com a Equipe DSM e muito diferente de todas as equipes do passado. Continuei aprendendo muito com eles e gostei muito de ser o “irmão mais velho” dos mais jovens da equipe. Passar mais quatro dias com a camisa vermelha na Vuelta de 2019 será sempre uma recordação especial. Quero agradecer a todos vocês, a todos que estão lendo isso, pelo incrível apoio que recebi durante minha carreira no ciclismo”.
Foram 3 temporadas na Sunweb-Team DSM
O diretor da DSM, Rudi Kemna, acrescentou: “Nicholas tem uma carreira longa e de muito sucesso, e estamos felizes por ter participado dela nas últimas três temporadas. Ingressando na equipe em 2019, sua experiência no pelotão tem sido muito valiosa para ajudar a orientar nossa safra mais jovem de ciclistas, seja ajudando no posicionamento do grupo, seja mostrando a eles como se comportar nas atividades fora da bicicleta. Nicholas também mostrou um bom nível em seu tempo conosco, ajudando a equipe a obter alguns bons resultados e sempre lembraremos vestindo a camisa vermelha para nós na Vuelta em 2019. De parte todos os integrantes da Equipe DSM, desejamos a Nicholas tudo de bom e boa sorte com o que vem por aí”.