A britânica Charlotte Worthington e o australiano Logan Martin são os primeiros campeões olímpicos do BMX Freestyle Park. Modalidade estreou em Tóquio e busca renovar o público e trazer a juventude para as olímpiadas
No final de semana (31/7 e 01/08) o Ariake Urban Sports Park, de Tóquio recebeu a estreia do BMX Freestyle nos Jogos Olímpicos, com a participação de 18 pilotos (9 mulheres e 9 homens).
A britânica Charlotte Whorthington foi a primeira campeã olímpica da história do BMX Freestyle, superando a estadunidense Hannah Roberts que na fase classificatória do sábado havia dado um forte sinal de que seria a candidata ao primeiro lugar.
Worthington acertou, segundo a UCI – entidade máxima do ciclismo – um inédito 360 backflip em uma competição feminina, com a manobra ela praticamente assegurou o ouro. “Estou nas nuvens”, declarou a britânica “Ainda estou sentada aqui, esperando para acordar. Tenho pensado neste dia nos últimos três ou quatro anos, entrando e saindo de pensamentos ‘eu posso’ ou ‘não posso’ fazer isso. Estou literalmente esperando para acordar agora. Parece um sonho”.
A chilena Maracarena Pérez Grasset, única participante latino-americana na disputa feminina, fechou sua participação na 8ª posição, na fase classificatória ela havia se posicionada na 7ª colocação.
Macarena foi vice-campeã dos Jogos Pan-Americanos de Lima’2019 e foi medalha de prata no Mundial’2019, era uma das favoritas ao pódio de Tóquio, porém no ultimo mês de maio levou um tombo fraturando a mão direita e quando ainda estava se recuperando, mas já de volta aos treinos lesionou o joelho, o que acabou comprometendo seu desempenho nos jogos.
Na prova masculina, o australiano Logan Martin que no sábado havia feito a melhor média com 90,97 pontos após as duas entradas, confirmou o favoritismo jogando todas as suas manobras logo na primeira entrada, somando 93,30 e conquistando a medalha de ouro que se soma aos dois títulos mundiais de BMX Freestyle Park (Chengdu’2017 e Montpellier’2021) e aos dois ouros na mesma modalidade nos X-Games onde também foi campeão da modalidade Dirt.
O ouro olímpico deixou o piloto extremamente emocionado, um claro sinal da importância dos Jogos Olímpicos na carreira de um esportista. “Não tenho palavras. Isso é loucura. Foi uma longa jornada chegar aqui. Estava totalmente empenhado para chegar aqui e ganhar a medalha de ouro. Cheguei como favorito depois de vencer o campeonato mundial no mês passado, então cheguei ao Japão sob muita pressão “, disse ele que também falou sobre como foi emocionante ter uma performance de medalha de ouro quando realmente importava: “Eu tive tantos altos na minha carreira, mas eu nunca, nunca chorei, então isso mostra o quão significativo é para mim “, disse ele. “É a maior conquista de todas, a medalha de ouro, levar isso para casa e mostrar ao meu filho. Para que ele possa me curtir … é incrível”, concluiu o medalha de ouro.
A medalha de prata, ficou com outro grande nome do freestyle mundial, o venezuelano Daniel Dhers, com cinco títulos do Freestyle Park dos X-Games (Los Angeles’2007/08/10/11 e Munique’2013) e a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Lima’2019.
Aos 36 anos, Dhers um dos mais experientes, garantiu a medalha na segunda entrada no bike park somando 92,05 pontos, após uma forte série de manobras como um 720 cancan, 360 double whip, front flip entre outras do seu vasto repertório.
A medalha de bronze ficou com o britânico Declan Brooks com 90,80 pontos e com isso colocou a Grã Bretanha como o primeiro país a ganhar medalhas em todas as modalidades do ciclismo nos Jogos Olímpicos. O costarriquenho Kenneth Tencio, chegou muito perto do pódio, somando 90,50 pontos, ficando com a 4ª posição
Jogos Olímpicos de Tóquio 2020
Ciclismo – BMX Freestyle Ariake Urban Sports Park –
Mulheres
1- Charlotte Worthington – Grã Bretanha – 97,50
2- Hannah Roberts – Estados Unidos – 96,10
3- Nikita Ducarroz – Suíça – 89,20
Homens
1- Logan Martin – Austrália – 93,30
2- Daniel Dheres – Venezuela – 92,05
3- Declan Brooks – Grã Bretanha – 90,80