A etapa mais longa do Tour de l’Avenir , disputada entre Avallon e Arbois, foi decidida entre os oito ciclistas que fizeram a fuga do dia. No sprint, o dinamarquês Mads Pedersen levou a etapa da maneira que ele gosta de fazer nas clássicas, sprintando após uma jornada dura. O suíço Tom Bohli companheiro na fuga assume a liderança. Os brasileiros André Gohr e Caio Godoy seguem na disputa
O vento se fez presente na etapa de 193,5 km do Tour de l’Avenir e uma jornada que para muitos estava planejada para uma chegada massiva, foi alterada por uma fuga que vingou e por um pelotão que foi fracionado pelo vento .
A fuga vitoriosa se formou com o austríaco Daniel Lehner, o suíço Tom Bohli, o dinamarquês Mads Pedersen, o espanhol Imanol Estevez e o estoniano Aksel Nömmela, a estes depois se integraram o chileno José Luis Rodrigues que corre pela equipe do Centro Mundial de Ciclismo e o estadunidense William Barta. Todos de comum acordo resolveram trabalhar em conjunto e chegaram a colocar uma vantagem de 4 minutos sobre o pelotão principal.
Os belgas acompanhados pelos italianos assumiram o comando do pelotão e deram maior ritmo , o que resultou numa quebra da seleção francesa que se desintegrava com Grellier , Gesbert e Maison indo para o segundo pelotão e Martin e Peters para um terceiro, a diferença entre esses dois blocos chegou a 25 segundos.
Com o trabalho de belgas, italianos, noruegueses e com a seleção da Dinamarca controlando os demais, afinal seu homem estava na fuga – a 30 km da chegada formou-se um grupo de 60 ciclistas, apesar de ser um grupo maior não houve interesse de dar combate a fuga, o que ainda possibilitou a chegada de um terceiro grupo.
A fuga a 5 km para a chegada tinha 2m30 de vantagem. A decisão se desenhava para chegada, mas ninguém ousou atacar era claro que faltava energia para uma ousadia dessas. Na chegada pesou a experiência de Mads Pedersen um jovem de 19 anos que tem em seu currículo uma prata no Mundial 2013, dois Troféus Karlsberg, a Volta da Paz, o Tour de Istria e uma Paris-Roubaix Juniores entre outras vitórias, na grande maioria delas vencidas sobre pequenos grupos de ciclistas, como aconteceu nesta segunda etapa. Em entrevista recente, quando da sua passagem para ae quipe Continental Profissional da Cult Energy, declarou: “A maioria das minhas vitórias vieram em sprints de grupos menores. Eu realmente sempre gostei de fazer corridas duras e, em seguida sprintar – essa foi a minha maior vantagem naquele momento” e que se repetiu na chegada a Arbois aonde declarou: “É uma sensação fantástica conseguir uma vitória no Tour de l’Avenir e especialmente porque a equipe dinamarquesa sempre faz boas apresentações. Naturalmente, eu levei vantagem de ter compatriota e líder da corrida, Søren Kragh no pelotão, então não tive que trabalhar muito no início da etapa. O momento mais difícil foi quando passamos pelo vento cruzado, eu temia que fossemos alcaçados, mas quando entramos no trecho com vento contrário, as coisas se acomodaram no grupo e nós trabalhamos para chegar. Quando começamos o sprint, eu me senti forte e consegui abrir uma vantagem para o segundo. Perdemos a camisa de líder, mas ainda estamos na disputa pela vitória geral e agora sem obrigações na frente do pelotão “, diz um feliz Mads Pedersen.
Na segunda posição cruzou o estoniano Aksel Nommela seguido pelo chileno José Luis Rodríguez e pelo suíço Tom Bohli que assumiu a camisa de líder. O suíço tem em seu currículo passagens pelo mountain bike e pela pista aonde em 2012 conseguiu o ouro no campeonato mundial junior. Após vestir a camisa-amarela no pódio, o suíço foi muito sincero ao declarar: “eu não sei se vou conseguir defende-la amanhã, não sei se estarei recuperado”. Talvez o trabalho para defender a sua camisa não seja tão complicado, a terceira etapa de 137 km entre Champagnole e Tournus está desenha para sprinters, se tudo correr dentro da normalidade é provável que Bohli consiga manter a liderança, a etapas começam a ficar complicadas a partir da 5ª etapa, na quinta-feira (27/08) quando a caravana enfrentará os Alpes.
2ª Etapa Avallon-Arbois –192,4 km – 4h35m25s – 41.915km/h
1- Mads Pedersen/Dinamarca – 4h35m25s
2- Aksel Nömmela/Estônia m.t.
3- José Luis Rodríguez/Chile-Centro Mundial de Ciclismo mt
4 – Tom Bohli/Suíça m.t.
5- Imanol Estevez Salas/Espanha a 4sSALAS Espagne 0:00:04
103- Caio Godoy/Brasil-Centro Mundial de Ciclismo a 1m43
111- André Gohr/Brasil-Centro Mundial de Ciclismo a 1m59
Classificação Geral
1- Tom Bohli/Suíça 8h38m09s
2- José Luis Rodriguez/Chile-Centor Mundial de Ciclismo a 9s
3- Imanol Estevez Salas/Espanha a 13s
4- William Barta/Estados Unidos a 25s
5- Mads Pedersen/Dinamarca a 30s
74- Caio Godoy/Brasil-Centro Mundial de Ciclismo a 2m03s
100- André Gohr/Brasil-Centro Mundial de Ciclismo a 2m26