No terceiro dia de disputas das provas de estrada a seleção de paraciclismo da Itália conquista o ouro na prova de revezamento, mostrando uma equipe raçuda e muito consistente. Com a vitória italiana, Alessandro Zanardi se tornou o maior campeão do ciclismo paraolímpico com 4 ouros e 2 pratas. Na prova de estrada mais concorrida, a da categoria C1-2-3, com 67 paraciclistas o alemão Steffen Warias se impôs no sprint
Os alemães começaram o dia comemorando a vitória de Steffen Warias na prova de estrada para as categorias C1-2-3. A prova se desenrolou em 71,1 km – ou três voltas no circuito montado na Praia do Pontal, no Recreio dos Bandeirantes. Logo na primeira volta houve a seleção do grupo, com o pelotão dividindo-se, aonde se destacavam o italiano Fabio Anobile, o irlandes Eoghan Clifford, o alemão Steffen Clifford , o colombiano Esneider Muñoz, o belga Kris Bolmans e o espanhol Eduardo Santas e o australiano David Nicholas ; na segunda volta o grupo se limitava a 5 ciclistas escapados com o espanhol e o australiano cedendo terreno. Para a chegada se apresentaram Warias, Bosmans, Anobile e Muñoz com o alemão mostrando uma maior força arrancando o sprint de longe para levar a medalha de ouro.
A prova feminina da C1-2-3 foi disputada em 47,4 km, duas voltas no circuito; na primeira passagem a britânica Megan Giglia que havia conquistado o ouro na prova da perseguição individual, passou comandando o pelotão de 11 ciclistas. Porém foi só nos últimos 10 km que as ciclistas iniciaram ações mais fortes aonde se destacaram a alemã Denise Schindler, a chinesa Sini Zeng e a estadunidense Jamie Whitmore que conseguiram colocar mais de 20 segundos sobre Jones Allison e Alyda Norbrius. A definição se deu com Whitmore superando suas adversárias com um sprint.
Na sexta-feira (16/09) também aconteceram as provas da categoria T1-2 disputadas em triciclos por paraciclistas com coordenação e equilíbrios limitados. O alemão Hans-Peter Durts e a australiana Carol Cooke conquistaram as medalhas de ouro.
A última prova do dia foi a disputa do Revezamento por Equipes, disputada em 9 voltas em um circuito de 2,5 km, num total de 22,5 km com equipes formadas por 3 ciclistas cada um dando uma volta em um total de três séries.
A Squadra Azzurra com Vittorio Podesta H3, Luca Mazzone H2, Alessandro Zanardi H5 deu uma bela demonstração de força e união, com Vittorio Podesta H3, Luca Mazzone H2, Alessandro Zanardi H5. A equipe completou a primeira série de 3 voltas já na primeira posição, na segunda série os três paraciclistas obtiveram os melhores tempos e já abriam uma vantagem de 40 segundos sobre o trio dos Estados Unidos e de 1m20 sobre os belgas que duelavam com os suíços pela terceira posição. Na terceira série os italianos Podesta e Mazzone mantiveram o ritmo forte , deixando uma boa folga para que Zanardi completasse a prova.
A equipe italiana guarda uma bela história de como Vittorio Podestá e Zanardi se conheceram. Certo dia Zanardi estacionou seu carro na vaga para deficientes em um restaurante na beira da estrada. Podestá não acreditou que aquele carrão fosse de um deficiente e resolveu fechar a saída. O que parecia um mal entendido gerou uma amizade, principalmente porque Zanardi ficou curioso pela handbike que Podestá carregava no rack do seu carro, daquele dia em diante, fortaleceu-se uma amizade e a parceria.
Com a vitória, Zanardi obteve sua sexta medalha olímpica, são quatro medalhas de ouro e duas de prata – dois ouros e uma prata conquistadas na Rio2016, e as outras em Londres 2012 – com mais essa medalha supera o australiano Christopher Scott, que também possui seis medalhas, sendo três ouros, duas pratas e um bronze e torna-se o maior medalhista das provas de estrada das paraolimpíadas.
O Brasil não teve nenhum representante nas provas disputadas na sexta-feira, mas no sábado Soelito Gohr e Lauro Chaman Marcia Fanhani, guiada por Mariane Ferreira terão pela frente 84 km das provas de estrada que encerram o programa do ciclismo paraolímpico.
Masculino C1-2-3 71,1 Km (3 voltas no circuito de 23,7 km 67 ciclistas)
1- Steffen Warias/Alemanha C3 – 1h49m11s – velocidade média 39.072km/h
2- Kris Bosmans/Bélgica C3 m.t.
3- Fabio Anobile/Itália C3 –m.t.
Feminino C1-2-3 – 47,4 km (2 voltas no circuito de 23,7 km)
1- Jamie Whitmore/Estados Unidos C3 – 1h30m14s – Vel. média 31.518km/h
2- Sini Zeng/China m.t.
3- Denise Schindler/Alemanha m.t.
Masculino T1-2 – 30 km (2 voltas no cicruito de 15 km)
1- Hans-Peter Durts/Alemanha T2 – 50m57 – vel. media35.329km/h
2- David Stone/Grã Bretanha T2 – +3s
3- Nestor Ayala/Colombia T2 +3s
Feminino T1-2 – 30 km (2 voltas no cicruito de 15 km)
1- Carol Cooke/Austrália T2 – 1h07m51 – vel. media 26.529km/h
2- Jill Walsh/Estados Unidos T2 +17s
3- Jana Majunke/Alemanha T2 + 28s
Revezamento – 22,5 km (9 voltas x 2,5 km)
1- Itália – Vittorio Podesta H3, Luca Mazzone H2, Alessandro Zanardi H5 – 32m34 – vel. média 41.453 km/h
2- Estados Unidos – William Lachenauer H3, William Groulx H2, Oscar Sanchez H5 +47s
3- Bélgica – Jean-François Deberg H3, Christophe Hindricq H2, Jonas van de Steene H5 +1m28