Cinco novos recordes foram estabelecidos no primeiro dia de disputas no velódromo do Rio de Janeiro na Paraolimpíada. E os britânicos mais uma vez saem à frente com 3 ouros e 1 prata dominando o quadro de medalhas do ciclismo paraolímpico
O primeiro dia de disputas no velódromo do Rio foi marcado pela quebra de cinco recordes, sendo três mundiais e dois paraolímpicos. A primeira marca foi estabelecida na fase classificatória da perseguição feminina C-1-2-3 – em 3.000 metros. A britânica Megan Giglia na categoria C3 –registrou 4m03s544 estabelencendo a nova marca mundial e paraolímpica; ainda na fase classificatória a holandesa Alyda Norbruis que detém o recorde mundial e paraolímpico na classe C2 registrou 4m12s030, longe ainda dos 4m07.454 obtidos na altitude do velódromo de Aguascalientes, no México. Na disputa pelas medalhas, Megan Giglia enfrentou a estadunidense Jamie Whitmore e levou o ouro após alcançar pelas costas sua adversária antes de atingirem os 2.000m de prova. Na disputa pelo bronze a holandesa Alyda Nurbruis que já havia estabelecido o recorde paraolímpico mais cedo para a categoria C2, se enfrentou com a ex-recordista em Londres2012, a chinesa Sini Zeng, e mais uma vez melhorou seu tempo ao registrar 4m10s654, nessa prova não tivemos a participação de brasileiros.
Também na fase classificatória da perseguição individual feminina na categoria C4 (esportistas com maior grau de deficiência, geralmente com amputação em um membro) a estadunidense Shawn Morelli que em março deste ano havia registrado o recorde mundial para os 3.000 metros 3m55s006 no velódromo de Montechiari, na Itália, no Rio registrou 3m57s741 novo recorde paraolímpico. Na final pelo ouro, superou com facilidade a australiana Susan Powell. A disputa pelo bronze foi entre a estadunidense Megan Fisher e a neozelandesa Katherine Horan, em um duelo muito apertado Fisher levou a medalha por apenas 356 centésimos de segundo.
Na categoria C5 a britânica Sarah Storey que detinha os recordes mundial (3m32s050 – México/Aguascalientes) e paraolímpico (3m32s170 Londres/2012) também na fase classificatória superou as duas marcas e cravou 3m31s394 com uma velocidade de 51.089 km/h . A nova recordista disputou a final contra a sua compatriota Crystal Lane, sem dar chances apanhou a adversaria pelas costas antes dos 2000 metros. A estadunidense Samantha Bosco ficou com o bronze ao vencer a polonesa Anna harkowska
No masculino, o recorde do dia foi do britânico Steve Bate que na fase classificatória B para os 4000 metros – perseguição individual – disputada em tandem (bicicletas de 2 lugares ) registrou 4m08s146s. Na disputa pelo ouro Bate que tinha como guia a Adam Duggleby superou a dupla holandesa Vincent ter Shure/Timo Fransen, ficando com o ouro; na disputa pelo bronze a outra dupla holandesa Stephen de Vries/Patrick Bos levou a melhor sobre os espanhóis Ignácio Avila/Joan Font.
Na sexta-feira (09/09) acontecem as finais do Km contra-relógio feminino B e masculino C4-5; Perseguição individual masculino C1-2-3
JOGOS PARAOLÍPICOS RIO 2016
Perseguição Individual Feminina C1-2-3 – 3000 metros
1- Megan Giglian-C3/Grã Bretanha –
2- Jamie Whitemore-C3/Estados Unidos – alcançada pelas costas
3- Alyda Norbrius-C2/Holanda – 4m10s654 – 43.687 km/h – recorde paraolímpico
4- Sini Zeng-C2/China – 4m17s730
Perseguição Individual Feminina C4 – 3000 metros
1- Shawn Morelli/Estados Unidos – 3m59s407
2- Susan Powell/Austrália – 4m04s794
3- Megan Fisher/Estados Unidos – 4m04s081
4- Katherine Horan/Nova Zelândia – 4m04s437
Perseguição Individual Feminina C5 – 3000 metros
1- Sarah Storey/Grã-Bretanha –
2- Lance Crystal/Grã-Bretanha – alcançada pelas costas
3- Samantha Bosco/Estados Unidos – 3m54s697
4- Anna harkowska/Polônia – 3m54s701
Perseguição Masculina B – 4000 m
1- Steve Bate-Adam Duggleby/Grã-Bretanha – 4m08s631 – 57.917 km/h
2- Vincent ter Shure-Timo Fransen/Holanda – 4m10s294
3- Stephen de Vries-Patrick Bos/Holanda – 4m15s769
4- Ignácio Avila-Joan Font/Espanha – 4m16s764
Para entender a classificação dos esportistas
C1-C2-C3-C4-C5: Ciclistas com potência muscular, coordenação limitadas ou amputados que competem utilizando bicicletas normais
TB bicicleta tandem: ciclistas com deficiência visual
Handbike: atletas paraplégicos