No primeiro tombo de verdade em um pelotão utilizando bicicletas equipadas com freios a disco, o que era temido por muitos de fato aconteceu. Fran Ventoso, da Movistar, é a primeira vítima dos discos de freio ao ser obrigado a abandonar a Paris Roubaix com um profundo corte na perna esquerda
No segundo ano de testes dos freios a disco no ciclismo de estrada, e na dureza da disputa da Paris Roubaix, o pelotão sofre a primeira baixa provocada por esta novidade que ainda não é assimilada pela totalidade do pelotão. Por volta do km 140 o espanhol da Movistar, Fran Ventoso, caiu e acabou se chocando contra um disco de uma bicicleta, ao que parece, segundo relatos do jornalista espanhol Segi López-Egea, de uma bicicleta da equipe francesa Direct-Energie. Na prova havia apenas 2 equipes com todos os seus ciclistas utilizando bicicletas equipadas com freios a disco, a francesa Direct-Energie com as bicicletas BH G7Disc e a Lampre-Merida com o novo modelo Scultura Disc.
Segundo Chente García Acosta, diretor esportivo da equipe Movistar que foi um dos primeiros a chegar e acompanhar o socorro do ciclista declarou“O corte era tão profundo que dava para ver a tíbia” , Ventoso foi conduzido a um hospital e na segunda-feira (11/04) passou por intervenção cirúrgica no hospital de Valenciennes, perto de Lille, na França.
Nos próximos dias provavelmente teremos o arrefecimento dos debates sobre a utilização ou não dos discos que em tese estarão liberados para uso a partir de 2017 , mas o acidente colocou na pele e carne de um ciclista o problema de todo um pelotão, o risco de cortes e uma possível mutilação como era previsto por muitos é bem maior que os benefícios apresentados pela qualidade de frenagem, pois nesta acidentada Inferno do Norte, só tivemos duas equipes utilizando freios a disco: já pensaram o que pode acontecer quando tivermos todo o pelotão equipado com este sistema de freios?