A UCI – entidade máxima do ciclismo, inicia o processo de captação de patrocinadores globais para o novo ciclo olímpico que se inicia em 2017. O objetivo, como já acontece, é trazer grandes empresas do mundo corporativo para o esporte a pedal
Grandes marcas e um esporte movido cada vez mais pela globalização, e isso nos leva cada vez mais a ações globais. Com o fim do ciclo olímpico a UCI incia um novo processo de acordos comerciais. A entidade máxima do ciclismo tem atualmente parcerias com Shimano, Tissot, Mapei, SMS Santini, GoPro, Tacx, The Sufferfest, Beko, Pro Gate e Elmoto. Muitos destes contratos acabam no final deste ano, ao se concluir o ciclo olímpico de 2012 a 2016. Para os dirigentes é chegado o momento de renegociar contratos vigentes e ir em busca de novas parcerias. Mas não se trata de buscar alta lucratividade ou negócios que gerem receitas estratosféricas, pois é importante esclarecer que a UCI é uma “associação” e no direito suíço essa posição pode ser classificada como uma instituição de caridade. Isso significa que ela por estatuto é uma organização sem fins lucrativos, o que na Suíça garante algumas (várias) vantagens fiscais para o órgão de gestão e sua equipe. O trabalho é para conseguir parcerias antes do início do próximo ciclo olímpico que começa em 2017 e se concluiu com os Jogos Olímpicos de Tóquio em 2020 e dar sustentabilidade a toda uma estrutura que movimenta o esporte em todo o Mundo.
A UCI tem quatro níveis de patrocinadores. O mais elevado é denominado parceiro Mundial e entra em todas as disciplinas do ciclismo e eventos da UCI. Em um segundo patamar estão os patrocinadores, aonde a UCI oferece um produto mais direcionado, fechado em eventos aonde o beneficio está na cobertura exclusiva de cada evento, como por exemplo a Copa do Mundo de BMX ou Pista – ao todo são mais de 65 eventos de altíssimo nível por ano, muito desse trabalho e divulgação está fortemente associada às suas plataformas digitais que tem se tornado um grande veículoo esporte a pedal. Os patrocinadores Mundiais de Ciclismo, tem a possibilidade de formar parcerias em uma disciplina olímpica de sua escolha, como a estrada, BMX, pista, e mountain bike ou ainda investir em ações ligadas à mobilidade e ao ciclismo urbano.
Em declaração à Insidethegames , Cyrille Jacobsen, diretor de marketing da UCI, disse:”Os pacotes oferecem uma série de oportunidades à parceria de acordo com as suas necessidades, em termos de comunicação ou desenvolvimento de negócios. Estamos em todos os Continentes com os nossos eventos, além disso os Campeonatos do Mundo, realizados anualmente garantem uma série de oportunidades em um programa de quatro anos. No momento, estamos no processo de negociação com as nossas parcerias já existentes, que constituem cerca de 10 parceiros, e é provável que um ou dois deles se tornem Parceiros Mundiais”.
A UCI trabalha com uma lista de empresas com forte ligação com o esporte, muitas delas icônicas com fãs em todo mundo. A busca por parcerias está indo muito além das empresas com fortes ligações com o setor: “Ao mesmo tempo, estamos agora indo para fora no mercado, seja diretamente ou através de agências, e já abrimos negociações com grandes marcas internacionais que poderão se associar a este novo programa”, disse Jacobsen; entre as prioridades da entidade máxima do ciclismo está a procura de uma empresa da indústria automobilística. Há espaço para parcerias com empresas de equipamentos de ciclismo, companhias aéreas, cartões de crédito, cervejas, alimentos e bebidas, , logística, tecnologia da informação, energia renovável e cosméticos masculinos estão entre as categorias que estarão sendo trabalhadas, embora Jacobsen confirme que estão abertos a trabalhar com outras áreas também.
O segundo e terceiro níveis de patrocínio são mais direcionados às necessidades da empresa e sua estratégia de mercado, muitas vezes mais focada no trabalho mais próximo aos esportistas, aonde como patrocinador oficial no segundo escalão ou no terceiro se enquadram as empresas fornecedoras oficiais, de apoio técnico e suporte.