Ainda não é oficial, mas os rumores são cada vez mais fortes: a comunicação via rádio estará liberada em todos os eventos aonde participe o pelotão World Tour e nas provas de nível .1 e HC
O jornal belga Het Nieuwsblad vazou a informação de que durante a reunião da Comissão de Gestão da UCI, realizada durante os Campeonatos Mundiais de Estrada, em Richmond, houve um recuo da UCI em sua posição contra a limitação ao uso dos rádios nas corridas.
Para quem estava acostumado a ver a sua utilização nas grande voltas (Tour,Giro e Vuelta) e em algumas clássicas ficava difícil entender como em outras provas esse meio de comunicação entre viatura/diretor da equipe e ciclista não era utilizado. Ao que tudo indica já nas primeiras provas de 2016 como o tour de San Luis e depois no, Tour da California, Tour de Utah ou da Turquia e em corridas como a Omloop Het Nieuwsblad, Strade Bianche e tantas outras seu uso estará liberado. No Brasil não há provas classe .1 aonde esteja liberado o seu uso.
A sua utilização poderia estar liberada também para muitas provas do ciclismo feminino, atualmente , segundo as regras da UCI só as etapas da Copa do Mundo tem seu uso liberado.
A discussão entre equipes e dirigentes é antiga. Em 2009 as equipes fizeram um protesto quando foi implementada a proibição, dois anos depois limitava o uso para eventos World Tour e Copa do Mundo feminina.
Parece que o debate chegará ao fim. Venceu o argumento de que a comunicação proporciona maior segurança e ajuda a dar uma imagem de maior modernidade ao esporte, mesmo que isso torne as corridas mais monótonas com fugas cada vez mais limitadas ou sempre apanhadas nos quilômetros finais. Os críticos da comunicação de duas vias (rádio) defendiam a sua proibição pois alegam que o seu uso estaria acabando com espontaneidade do ciclista quando estes e algumas equipes adotam a obediência extrema ás instruções de um diretor esportivo que muitas vezes não tem a percepção do que está se passando na cabeça do pelotão.
A informação que circula nos meios de comunicação ainda deixa no ar o que acontecerá nas categorias de formação como a SUB23 e em provas com classificação inferior, mas é muito provável que para estas a restrição seja mantida.